A edição de estreia do Laboratório de Arquitetura e Património , que decorreu nos dias 13 e 14 de janeiro, em Santiago do Cacém, foi coroada de sucesso. Aberta a toda a comunidade e organizada pelo Centro UNESCO para a Arquitectura e Arte Religiosa (cuja sede é em Santiago do Cacém), em parceria com a Câmara Municipal e com o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, a iniciativa permitiu um olhar próximo e um conhecimento mais aprofundado de vários monumentos emblemáticos da cidade, bem como uma discussão bastante participada sobre o tema, com vários contributos e sugestões.
“Foi uma iniciativa que correu muito bem, tivemos cerca de 150 participantes”, congratula-se Álvaro Beijinha. Além das entidades organizadoras, o Presidente da CMSC destaca “a envolvência de outras entidades, como a Junta de Freguesia, a Liga dos Amigos de Miróbriga, ou a própria Direção Regional de Cultura do Alentejo”. O primeiro dia foi preenchido com visitas a vários monumentos da cidade de Santiago do Cacém: Castelo, Igreja Matriz, Capela de São Jorge, Casa de Chá e Estufa da Tapada do Castelo, Fonte de São João Batista e Azenha da Quinta do Rio de Figueira, Ruínas Romanas de Miróbriga, Hotel Caminhos de Santiago, Ermida de São Pedro e Palácio da Carreira. Álvaro Beijinha destaca “a participação de um conjunto de arquitetos que conheciam mal a cidade e que vieram olhar para todo este património e conhecê-lo, com o objetivo de poder dar contributos para a sua valorização”.
No sábado, “esses mesmos arquitetos deram alguns exemplos de projetos que desenvolveram, que são audazes e que marcaram os sítios onde foram construídos”. Na tarde de sábado, “foi feita uma discussão muito interessante, bem participada por parte do público, tivemos o salão nobre cheio tanto da parte da manhã como da parte da tarde. Iniciativas como esta só enriquecem e valorizam aquilo que nós temos, em particular o nosso património. Ao nível dos Centros Históricos, no Alentejo, não haverá muitos com a riqueza do nosso”, sublinha o Presidente da CMSC.
“Tivemos oportunidade também de discutir aquilo que está menos bem. Temos consciência que há coisas que poderão ser melhoradas, como por exemplo alguns edifícios do Centro Histórico que estão abandonados e que precisam de ser recuperados, ou a questão de dar vida ao Centro Histórico, que é algo que nós temos vindo permanentemente a abordar e a discutir – com alguns resultados positivos -, mas há seguramente muita coisa a fazer”. Em jeito de balanço, Álvaro Beijinha considera que “estamos todos de parabéns por termos conseguido trazer aqui um conjunto de especialistas em arquitetura, em particular na reabilitação – que têm uma larga experiência na reabilitação de património relevante -, também estudantes da Faculdade de Arquitetura de Évora, outros especialista nas áreas do património, da história e da conservação, e ainda alguns professores universitários que não conheciam Santiago do Cacém e que vieram curiosos à procura de informação. Foi um sucesso”.