Abela
População: 890 habitantes
Área: 137,7 km2
Localização
Saindo de Santiago do Cacém, tomando a EN 121 e, a cerca de 13 km, voltando à direita, encontra-se Abela, povoação com arquitetura popular. Limita-se com as freguesias de São Domingos, São Bartolomeu da Serra e Ermidas-Sado. Fazem parte da freguesia de Abela as seguintes localidades: Arealão, Cova do Gato, Outeiro do Lobo, Boticos e Foros do Barão.
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História
Nesta área foram encontrados vestígios de ocupação da Idade do Bronze, de que se destacam uma tampa de sepultura insculturada, com a representação de uma espada presa a um cinturão, uma alabarda encabada e uma figura ancoriforme, encontradas na herdade das Pereiras. Durante a ocupação romana, a quinta de Corona foi um local dedicado à exploração agrícola, tendo sido encontrada neste período uma ara, embora de atualização incerta.
Na Idade Média, foi ocupada primeiro pelos Mouros, como atestam numerosos topónimos ligados à posse da terra, aos quais se juntaram, no período cristão, outras designações onomásticas que remetem para a propriedade fundiária ligada à Ordem de Santiago, como Mendo Afonso ou Mendo Afonsinho.
Em 1758 possuía cerca de 615 almas, uma igreja com cinco altares, com três irmandades confirmadas – Nossa Sr.ª da Abela, Nossa Sr.ª do Rosário e das Almas – e um pároco que era freire professo da Ordem de Santiago. A antiga igreja estava constantemente sujeita às cheias da ribeira – chamada pelo pároco “da Abella” –, que muitas vezes entravam na igreja e a arruinavam. Esta mesma ribeira movia ao longo da sua passagem pela freguesia quatro moinhos de água.
Era prior da Abela no ano de 1866, o padre António de Macedo, que se dedicou ao estudo do concelho, publicando os Annaes do Município de Sant’yago de Cassem. Segundo o padre António Macedo, em 1863 esta freguesia tinha mil habitantes, dos quais só 28 sabiam ler. Era fértil em cereais e abundante em montados, gado, colmeias e caça.
Em 1956, José Manuel Landeiro escreve, no Guia do Forasteiro, que “esta povoação, uma das mais florescentes do concelho, há cerca de 30 anos ainda se encontrava dividida pelo ribeiro de Olheiros, em cujas margens apenas se viam dispersas, umas reduzidas dezenas de moradias. Hoje, porém, do referido ribeiro, na parte principal da aldeia, quase não aparecem vestígios e com a abertura de novas ruas e novas construções de belíssimos prédios, contam-se por mais de 150, o número de fogos dentro do seu perímetro” e que na herdade de Corona existia uma Ermida dedicada a São Brissos, hoje desaparecida, muito antiga cujo orago se festejava no dia 30 de novembro com muita concorrência de devotos, porque “o Santo é advogado das sezões em que a freguesia era muito abundante”. São Brissos foi terceiro bispo de Évora, no ano de 305, depois de Jesus Cristo.”
O cemitério de Abela foi construído no ano de 1871. Três anos mais tarde foi aberta ao trânsito a estrada entre Santiago do Cacém e Abela.
Nesta freguesia nasceu o Coronel Carlos Vilhena, aderente inicial da política do Estado Novo, que posteriormente veio a combater. O seu espólio encontra-se no Arquivo Municipal.
Contactos
Junta de Freguesia de Abela
Largo Coronel Carlos Jesus Vilhena
7540-011 Abela
269 902 159
269 920 034
freguesia.abela@gmail.com
Centro de Saúde
Rua Dr. Francisco Costa, nº1
7540-011 Abela
269 902 138
Farmácia Abelense
269 902 118
7540-011 Abela
Casa do Povo de Abela
Lg. da Igreja n.º 5
7540-011 Abela
Escolas
Jardim-de-Infância de Abela: 269 902 214
Escola Básica de Abela: 269 902 202
Escola Básica de Boticos: 269 902346
Sporting Futebol Clube Abelense
Estrada Nacional 390 n.º 2
7540-011 Abela
269 902 159
Alvalade
População: 2 098 habitantes
Área: 162 km2
Localização
A vila e freguesia de Alvalade, do concelho de Santiago do Cacém, está situada no planalto que separa o vale do Sado do vale de Campilhas. Pode-se chegar a Alvalade saindo do IC 1 (ligação entre Lisboa e o Algarve) junto da Mimosa. Pertencem a Alvalade os lugares do Carapetal, Daroeira, Conqueiros, Mimosa, Vale de Lobo, Borbolegas, Fontainhas e outros pequenos pontos habitados.
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História
A presença humana na área que compreende hoje a freguesia de Alvalade está documentada arqueologicamente a partir do Neolítico, tendo igualmente registos e achados da Idade do Bronze, da época romana, da época visigótica, e, enquanto povoação mais ou menos organizada, deve a sua fundação à ocupação muçulmana na primeira metade do século IX.
O topónimo Alvalade provém da palavra árabe al-balad, que significava lugar murado, e faz supor que o pequeno núcleo urbano fundado terá sido inicialmente fortificado.
No ano de 933, o rei Ramiro II, de Leão, doou ao mosteiro do Lorvão, duas terças partes “d’esta Villa d’Alvalat et su senra”, em cuja época, como aqui se constata, já detinha o título de Vila. Durante a Reconquista, só após a tomada de Aljustrel, em 1234, por Sancho II, é que Alvalade se tornou terra definitivamente cristã.
Em 1273, D. Afonso III, entre outros domínios, fez a doação de Alvalade à Ordem de Santiago da Espada, que algum tempo depois fez deste território uma das suas comendas. Em 20 de setembro de 1510, o rei D. Manuel I concedeu foral a Alvalade, tornando-a um pequeno concelho com alguma independência administrativa e judicial. Nesta altura foi erigido o pelourinho no centro da Praça D. Manuel I, na época o centro nevrálgico da vila.
Na primeira contagem (numeramento) da população de Portugal, efetuada entre 1527 e 1532, ordenada pelo rei D. João III, o concelho de Alvalade regista cerca de 580 habitantes. Em finais do século XVII, foi criada a freguesia do Roxo, que passou a integrar o concelho de Alvalade. Nos inícios de 1755, a vila de Alvalade possuía 275 fogos e 1208 habitantes.
O terramoto de 1 de novembro de 1755 também se fez sentir fortemente em Alvalade, provocando a derrocada da maior parte dos edifícios públicos da vila e grande número de habitações. Pior do que o terramoto foram os acontecimentos provocados pela Revolução Liberal. Em 9 de outubro de 1831, a vereação da Câmara de Alvalade, reunida em sessão extraordinária, jurou fidelidade ao rei D. Miguel I.
No dia 18 de julho de 1833, na sua marcha sobre Lisboa, o Duque de Terceira entrou em Alvalade e, após reunir a vereação, o clero, e os demais representantes dos alvaladenses, estes sob coação, renunciaram o auto de 9 de outubro e declaram o seu apoio a D.ª Maria II. Após a vitória militar do Partido Liberal, e convencionados os acordos de Évora-Monte, o rei D. Miguel I, já deposto e destronado, passou e pernoitou em Alvalade no dia 31 de maio de 1834, quando efetuava o percurso a caminho de Sines, de onde viria a partir para o seu último exílio.
A implantação do Liberalismo provocou nova reforma administrativa do território nacional e o concelho de Alvalade foi extinto em 6 de novembro de 1836, tendo sido incorporado como freguesia no concelho de Messejana. Em 1854 foi construído o atual cemitério da vila, para o qual se despenderam na altura 180 mil réis. Em 24 de outubro de 1855, foi extinto o concelho de Messejana e a freguesia de Alvalade foi transferida para o concelho de Aljustrel.
Os efeitos da Revolução Liberal e a extinção do concelho provocaram a perda de metade da população, e em 1860 Alvalade tinha apenas 620 habitantes e 180 fogos. Em 4 de julho de 1861, foi extinta a Santa Casa da Misericórdia de Alvalade e todos os seus bens são confiscados e incorporados na Casa Pia de Beja. No dia 18 de abril de 1871, a freguesia de Alvalade mudou novamente de administração concelhia, passando desde então a pertencer ao concelho de Santiago do Cacém.
Em 23 de agosto de 1914, chegou pela primeira vez o comboio a Alvalade e foram inauguradas as estações de caminho de ferro e do telégrafo-postal. Em 1916 foi adquirido e colocado um relógio de fabrico nacional na torre sineira da igreja matriz. Em 1918, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses construíram o lavadouro e fontanário da Bica.
Em 1924 foi instalada a Guarda Nacional Republicana. No dia 24 de abril de 1953, Ermidas-Sado (desde 1915 uma aldeia da freguesia de Alvalade) conseguiu o estatuto de freguesia e desvinculou-se de Alvalade, levando também a aldeia de Ermidas (que também era um pequeno povoado do concelho de Alvalade desde o século XVI) para o seu domínio administrativo. A partir de 1 de abril de 1959, Alvalade passou a ter serviço telefónico.
Em 1995, tendo perdido o título de vila com a supressão do concelho, Alvalade foi elevado novamente à categoria de vila.
Presentemente, Alvalade é uma vila em franco desenvolvimento, a sua economia assenta principalmente no setor primário onde se destacam investimentos como da Alensado (Cooperativa de Produtores de Tomate), da Valouro e da Innoliva, mas também sustentada nas áreas do pequeno comércio, indústria, e na prestação de serviços.
Contactos
Junta de Freguesia de Alvalade
Zona de Expansão
7565-034 Alvalade
269 595 113
269 590 005
freguesiadealvalade@gmail.com
Casa do Povo de Alvalade
Praça D. Manuel I n.º 23
7565-021 Alvalade
269 590 021
Futebol Clube Alvaladense
R. da Juventude
7565-037 Alvalade
269 595 267
Associação Cultural Amigos de Alvalade
Praça D. Manuel I, n.º 7
7565-021 Alvalade
269 595 295
geral@amigosdealvalade.pt
GNR
Rua 23 de Agosto de 1914
7565-037 Alvalade
269 249 230
Bombeiros
Av. General Humberto Delgado
Edifício do Mercado Municipal
7565 -012 Alvalade
269 595 117
Centro de Saúde
Praça D. Manuel I
7565-021 Alvalade
269 595 108
Farmácia Central
269 595 136
Táxis
269 595270
Escolas
Jardim-de-Infância de Alvalade: 269 595 150
Escola Básica n.º 1 de Alvalade: 269 595 150
Escola Básica de Alvalade (EB 2/3): 269 590 046
Cercal do Alentejo
População: 3 362 habitantes
Área: 137,48 km2
Localização
Fica a 29 km da sede do Município, com ligação pela EN 120. É a freguesia mais a sul do concelho. Esta vila tipicamente alentejana tem um centro histórico de grande interesse. Rodeada por muitas quintas de pequena dimensão (designadas por cercas), situa-se próximo da barragem de Campilhas e da quinta da Mandorelha, local de grande beleza natural. Nesta freguesia situa-se a serra da Guarita, onde existia uma mina de extração de ferro. É constituída pelos lugares de: Sonega, Catifarras, Pouca Farinha, Aldeia do Cano, Chaparral, Espadanal, Casas Novas e Silveiras.
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História
O nome desta povoação deriva da palavra latina quercalu, que significa carvalho, certamente por existir, noutros tempos, grande quantidade desta árvore na região.
Encontram-se, na área da freguesia, bastantes áreas de interesse arqueológico, denotando uma ocupação desde a Pré-História até à romanização, com variados vestígios (candeias, anéis, tijolos, telhas, braceletes, machados, ferros de lanças e vasos lacrimatórios). As sepulturas são abundantes, tendo havido notícia de 14 na herdade da Fonte Santa, em 1929, cujo espólio foi recolhido por frei Manuel do Cenáculo, encontrando-se atualmente no museu de Évora.
Da ocupação romana do território existem muitas escórias que evidenciam exploração mineira, nomeadamente cobre e ferro. Na Idade Média e época da reconquista, o Cercal estava sob o domínio da Ordem de Santiago. A aldeia do Cercal, cuja primeira referência escrita data de 1274, constituiu-se como núcleo populacional de trabalhadores rurais. Ao contrário do que é habitual, o núcleo urbano primitivo não se desenvolve à volta da igreja, só mais tarde rodeada pelo povoado formado por edificações de caráter mais urbano e burguês.
Em 1836 foi criado o concelho de Cercal do Alentejo, extinto no ano de 1855, em que passou a pertencer como freguesia ao concelho de Odemira e em 1875, por decreto régio, passou para o concelho de Santiago do Cacém. Segundo o inquérito elaborado pelo Marquês de Pombal (memórias paroquianas), após o terramoto de 1755, a povoação dispunha de 240 fogos, com um total de 810 pessoas.
A população congregava-se em quatro irmandades, todas com assento na igreja matriz, da invocação de Nossa Senhora da Conceição, onde cada uma dispunha de um altar, à exceção do Santíssimo Sacramento: Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Rosário e das Almas. Nesta altura o Cercal do Alentejo estava rodeado de “vastíssimos montados de sobro e grandes lezírias” produzindo as suas terras “copiosa colheita de trigo”.
No século XIX, deu-se um desenvolvimento potenciado pela nova estrada de ligação a Santiago do Cacém, que Pinho Leal dá como aberta em 1870, e também pelo incremento na exploração mineira, de que aparecem os primeiros registos em 1874, referentes à descoberta de novos minérios como barita, manganês e manganite. A maior exploração foi contudo de ferro, havendo cinco minas nesta freguesia – cerro da Fonte, Santa de Cima, Toca do Mocho, serra da Mina, serra das Tulhas e serra de Rosalgar. As minas cessaram a sua atividade em 2000, lançando no desemprego os seus trabalhadores.
Em 1904, o Cercal tinha 666 fogos, com um total de 2774 habitantes, dispondo já de escolas de ambos os sexos, farmácia, médico e estação postal. Nas primeiras décadas instalaram-se igualmente o posto do registo civil, telefone, agência bancária e e estabelacimento com automóveis de aluguer, embora as ruas não fossem pavimentadas. Exportava cortiça e fruta. Uma fábrica de moagem dava o seu contributo para o desenvolvimento da terra. Pelo Censos de 1920 o número de fogos aumentara para 861 e os moradores para 3885.
É desta altura que data (1921) o abastecimento público de água, proveniente, tal como hoje, da fonte Santa. O núcleo histórico da vila do Cercal do Alentejo apresenta um traçado sinuoso, formando vias de comunicação diretas às terras de cultivo, onde se foram implantando as construções em banda. Os quintais, tão importantes para guardar alfaias, animais ou para a horticultura, desenvolvem-se radialmente e são confluentes em pontos de encontro, como o entroncamento ou o largo. Em 1991, Cercal do Alentejo foi elevado à categoria de vila.
Contactos
Junta de Freguesia de Cercal do Alentejo
Bairro Zeca Afonso
7555-105 Cercal do Alentejo
269 904 277
269 949 325
j.f.cercal@sapo.pt
GNR
Rua do Passal, 3
7555-132 Cercal do Alentejo
269 249 240
Bombeiros
Rua Dr. Francisco Beja da Costa, lote 1 R/C
7555-136 Cercal do Alentejo
269 948 010
Escolas
Escola Básica de Cercal do Alentejo n.º 1 (EB 2,3)
269949540
Escola Básica de Cercal do Alentejo n.º 2 (EB1/JI)
269 904 356
Escola Básica de Cercal do Alentejo n.º 3 (EB1)
269 904 643
Casa do Povo
R. da Parreira, n.º 5
7555 Cercal do Alentejo
269 904 137
Centro de Saúde
Bairro Zeca Afonso
7555-105 Cercal do Alentejo
269 948 059
Farmácia Teixeira
269 949 479
Táxis
269 904 234
Juventude Cercalense
Lg. Augusto Funchini, n.º 31
7555-112 Cercal do Alentejo
269 904 158
Banda Lira Cercalense
Rua Teófilo Braga, n.º 41
7555-136 Cercal do Alentejo
269 904 202
Ermidas-Sado
População: 2 020 habitantes
Área: 82,40 km2
Localização
Localizada a cerca de 29 km da sede de concelho, Ermidas-Sado é a mais jovem vila do município de Santiago do Cacém, criada no ano de 2001. Da freguesia fazem parte: Ermidas-Aldeia, Faleiros e Vale da Eira.
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História
De acordo com frei Anselmo Braamcamp, esta zona foi pertença do Mestrado da Ordem Militar de Santiago de Espada, desde o reinado de Afonso III, em 1273, ano da sua doação, ficando sob a sua influência e das suas comendas até ao ano de 1834.
Este lugar de lavradores é de existência antiga, como o atesta o documento existente na Junta de Freguesia de Alvalade datado de 15 de agosto de 1748; segundo o mesmo, as ermidas existentes neste local pertenciam à “Confraria d’ Santa Anna” da igreja de Nossa Senhora do Roxo, freguesia que pertenceu ao concelho de Alvalade, extinto no reinado de D.ª Maria I, em 1836, na sequência da reforma administrativa de Mouzinho da Silveira e Passos Manuel. O padre Jorge de Oliveira atribui como data para a fundação de Ermidas-Aldeia, primeiro núcleo habitacional da atual freguesia, o século XVII.
Mas é já no século XX que este lugar vê o progresso chegar a passos largos. Paulo Gomes, em Ermidas-Sado, Historia de Uma Povoação Contemporânea, refere: “É o caminho-de-ferro que, pela força das circunstâncias de um projecto de engenharia, determina construir nas imediações da pequena Ermidas uma estação, na vizinha herdade do Cartaxo. Essa construção tinha dois objectivos: primeiro, servir a população de Ermidas e montes circundantes e derivar a partir daquele local o ramal ferroviário para Sines”. Para dar nome à estação, optou-se pelo nome da povoação mais próxima Ermidas, passando a designar-se Ermidas-Gare. Nome que prevaleceu até à criação da freguesia, altura em que passou a designar-se oficialmente Ermidas-Sado.
Segundo o mesmo autor, “o comboio acabará por chegar às paragens da herdade do Cartaxo, no dia 1 de Agosto de 1915. Com a sua chegada estava lançada a primeira pedra da futura Ermidas-Sado (…)”. A povoação nasceu nos terrenos da herdade do Cartaxo, propriedade de Manuel Joaquim Pereira. Nesses terrenos, o lavrador começou a aforar terras aos que chegavam e buscavam trabalho na construção da linha férrea ou na indústria da moagem, que entretanto também se havia instalado no ano de 1922, fazendo com que Ermidas-Sado começasse a crescer. No ano de 1925, dois algarvios de São Brás de Alportel fundaram a primeira fábrica de cortiça, dando início a uma atividade que não mais iria parar de crescer até à década de 60.
No entanto, a povoação começou a dividir-se inevitavelmente em duas zonas de desenvolvimento diferentes: a zona oeste e a zona este. Na zona oeste instalaram-se a moagem, as fábricas de cortiça, os bairros operários, as casas de 1.º andar e as casas de comércio. No lado este, o desenvolvimento não se pronunciou e a indústria não se desenvolveu, mantendo-se o típico casario de piso térreo, habitado por populações ligadas sobretudo à agricultura e à exploração das minas do Lousal.
Nos anos seguintes e devido ao seu esforço de crescimento e desenvolvimento, Ermidas-Sado passou a contar com algum património de qualidade, de que se destacam algumas casas de bom traçado arquitetónico, um interessante chafariz para abastecimento de águas às populações (1943), o cine-teatro Vitória (1949) e uma pequena igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição, inaugurada em março de 1956.
Próximo da localidade existe uma estação elevatória onde a água do rio Sado é bombeada para um canal com cerca de 30 km, conduzindo-a até à barragem de Morgavel. Esta água destina-se ao Complexo Industrial de Sines.
Contactos
Junta de Freguesia de Ermidas Sado
Rua 25 de Abril, 2
7565-210 Ermidas Sado
269 502 234
269 502 840
Jfregermidas@mail.telepac.pt
GNR
Estrada Nacional 121, 70
7565 Ermidas Sado
269 249 231
Cruz Vermelha
Rua 8, nº47/49
7565-228 Ermidas Sado
269 502 239
Centro de Saúde
Av. Manuel Joaquim Pereira
7565-233 Ermidas Sado
269 508 610
Farmácia Ermidense
269 502 300
Táxis
269 502 113 | 269 502 132
Transportes Públicos
CP – 269 502 013
Escolas
Jardim-de-Infância de Ermidas Sado
269 502 933
Escola Básica de Ermidas Sado
269 502 786
Futebol Clube Ermidense
Ermidas Aldeia
7565-119 Ermidas-Sado
269 502 652
Vitória Futebol Clube
Rua 5, n.º 21
7565-225 Ermidas-Sado
269 502 208
Comissão de Festas de Santa Maria
Apartado 6
7565-909 Ermidas-Sado
964238365
www.cofesmar.no.sapo.pt
Santo André
População: 10 647 habitantes
Área: 75,10 km2
Localização
Situa-se a 12 km de Santiago do Cacém. Ocupa 75,71 km2 do território do município.
Na Aldeia de Santo André, sede da freguesia, estão localizadas a Igreja Matriz e a Ermida em honra de Nossa Senhora da Graça.
Em Vila Nova de Santo André, maior aglomerado populacional do concelho surgido como suporte ao Complexo Industrial de Sines, encontram-se bons locais de lazer e desporto.
É também a esta freguesia que pertencem as localidades de Costa de Santo André, Deixa-o-Resto, Azinhal, Giz e Brescos.
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História
A ocupação desta freguesia remonta ao tempo do neolítico como o atestam os materiais arqueológicos recolhidos no lugar do Areal. A Idade do Bronze também deixou vestígios de ocupação nas Casas Novas e Cerradinha, margem este da Lagoa de Santo André.
Foram identificados na freguesia, pelos arqueólogos Joaquina Soares e Carlos Tavares da Silva, sítios romanos, como a Figueirinha e Cascalheira.
A sua formação é de origem medieval, devendo-se à Ordem de Santiago que era quem apresentava o pároco da igreja da freguesia.
Além da aldeia de Santo André, a freguesia compreendia no século XVIII (1758) três pequenas aldeias: aldeia de Azilhal, com 10 vizinhos, aldeia do Giz com vinte vizinhos e a aldeia de Brescos com 24 vizinhos.
Com o terramoto de 1755, a freguesia “padeceu muita ruína”, especialmente nas casas dos moradores, na residência do pároco e na própria igreja, que ficou por consertar até princípio do primeiro quartel do século XIX.
À volta da igreja realizava-se anualmente uma feira no dia 30 de novembro que chegou a render, segundo o padre António Macedo ” 24$000 réis de terrado, que se aplicava para a fábrica”.
Por volta de 1855 pescadores de Ílhavo e respetivas famílias chegaram à Costa de Santo André, “no recenseamento da população do ano de 1863, existiam na praia de Santo André 6 fogos com um total de 18 pessoas. Havia 9 homens que se dedicavam à profissão de pescadores” relata os Annaes do Município de 1869, construíram cabanas e armazéns de colmo e caniço e devido à abundância de sardinha no mar (no verão) e outro peixe na Lagoa (no inverno) terão estabelecido duas companhas com lavradores da região, praticando a arte xávega. Pela fonte acima referida, a Câmara Municipal exercia o seu domínio sobre a Lagoa, pois já em 1685 a autarquia a arrendou durante o período de três anos pela quantia de 18$500 réis. A Lagoa continuou arrendada a particulares até ao ano de 1975, após esta data passa para a gestão do Gabinete da Área de Sines.
Em 1957 surgiram no meio das barracas dois restaurantes. E a partir de então começou a desenvolver-se um aglomerado populacional que ocupou a duna primária.
Para tornar a Lagoa de Santo André um local privilegiado para quem procura a natureza, a Câmara Municipal de Santiago do Cacém promoveu a desocupação da duna primária da Costa de Santo André, do caos urbanístico que se agravou na década de 70 durante a vigência do Gabinete da Área de Sines, criando um novo loteamento destinado a realojamento das famílias até então residentes na duna.
A Lagoa de Santo André constitui um ponto estratégico para a estadia, passagem e nidificação de muitas espécies de aves migratórias. Foi declarada pelo Estado Português a Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha pelo Decreto Regulamentar 10/2000 de 22 de agosto.
Nos meados dos anos 70 começaram a radicar-se na freguesia, na zona do Areal, centenas de famílias atraídas pela oferta de trabalho que o Complexo Industrial de Sines oferecia.
O então Centro Urbano de Santo André caracterizou-se durante anos pela falta de infraestruturas e equipamentos coletivos. Com a extinção do Gabinete da Área de Sines as autarquias passaram a gerir o centro urbano e a situação começou a alterar-se com o desenvolvimento integrado na freguesia, com a radicação dos seus habitantes e renovação urbana que lhe foram dando uma nova e agradável imagem.
O Centro Urbano foi elevado à categoria de vila, com a designação de Vila Nova de Santo André a 20 de junho de 1991 e elevada a Cidade a 1 de julho de 2003.
Contactos
Junta de Freguesia de Santo André
Largo 20 Junho 11-B
7500-011 Vila Nova de Santo André
269 708 390
269 708 396
junta.freguesia@santoandre.pt
Biblioteca Municipal Manuel José do “Tojal”
Empreendimento Brasil
Edifício Copacabana, Bloco A e B
7500-170 Vila Nova de Santo André
Bombeiros Voluntários de Santo André
ZIL2, Lote 1
7500 Vila Nova de Santo André
Emergências: 269 708 740
Secretaria/Direcção: 269 708 741
269 708 749
: bvsa-geral@mail.telepac.pt
Escolas
Escola Básica n.º 1 de Santo André (EB2,3)
269751232
Escola Básica de Santo André n.º 2 (EB1/JI)
269 752 212
Escola Básica de Santo André n.º 3 (EB1/JI)
269 752 104
Escola Básica de Santo André n.º 4 (EB1/JI)
269 751 65
Escola Básica de Brescos (EB1)
269 749 489
Escola Básica de Deixa-o-Resto (EB1/JI)
269 746 199
Escola Secundária Padre António Macedo
269708110
Paróquia de Santa Maria
269 758 383
Centro de Convívio
269 75 414
Centro Cultural
269 752 920
Centro Equestre
269 751 235
Badoca Park
269 744 492
Centro de Acolhimento de Aves (núcleo da Quercos)
269 744 133
Centro de Saúde
269 708 450; 269 708 453
Posto de Divulgação Cultural (Mercado Municipal)
269 744 632
Farmácia Fontes
Bairro Pica Pau, Banda 5, Edifício 1 rc
7500 Vila Nova de Santo André
269 708 140
Farmácia Mendes
Bairro 678 Fogos, Banda 3, Edifício 2 rc
7500 Vila Nova de Santo André
269 759 020
CTT
269 708 080
GNR
269 249 250
Hotel Vila Park
269 750 100
Hotel Apartamento Al Tarik
269 708 600
Hotel Rural Monte da Lezíria
269 084 935
São Francisco da Serra
População: 809 habitantes
Área: 51,37 km2
Localização
Atravessam a freguesia a EN 120 e o IP8 / IC33. Embora seja uma freguesia de características rurais tem sido berço de artistas que se têm destacado não só a nível local como nacional. Destacam-se: António Chainho, António Parreira, Tonia e Célia David.
Ver MAPA da freguesia
Roncão e Cruz de João Mendes são lugares da freguesia onde se concentra grande parte da população.
Santo Padroeiro: S. Francisco
História
A testemunhar a presença do homem pré-histórico, encontram-se algumas antas na Herdade das Antas e na Herdade da Salema, locais que foram escavados pela equipa do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal. Parte deste espólio pode ser observado no Museu Municipal de Santiago do Cacém.
A formação da freguesia remonta ao período medieval e deve-se à Ordem de Santiago de Espada, tal como a generalidade das freguesias mais antigas do concelho de Santiago do Cacém.
O seu pároco era freire professo da Ordem de Santiago, sendo possível observar a sepultura de Diogo Dias Simões, falecido em 28 de Julho de 1742.
Junto à serra, por ordem de D. João V, datada de 12 de dezembro de 1709, mandou o conde de Vila Verde abrir minas de chumbo na Herdade das Minas, descrito no ano de 1709 no livro de registo da Câmara Municipal.
Durou pouco o trabalho de exploração porque o seu produto não dava para as despesas. O mesmo aconteceu em 1846, quando uma empresa particular tentou esta exploração.
Em 1740 foi mandada construir a ermida dedicada a Nossa Senhora do Livramento. O esforço para subir o rude caminho que nos leva ao cimo da serra é compensado pelo magnífico horizonte que dela se desfruta.
Por informação dos Annaes do Município do padre António Macedo, em 1863 a freguesia tinha 800 habitantes e a agricultura era a mais desenvolvida do concelho.
Contactos
Junta de Freguesia de São Francisco da Serra
Rua da Casa do Povo
7540 São Francisco da Serra
269 471 126
Centro de Dia
269 471 141
Centro de Saúde de São Francisco da Serra
269 471 380
Escolas
Escola Básica de Cruz de João Mendes
269 471 260
Estabelecimento de Educação Pré-Escolar Itinerante do Roncão
269 471 259
Grupo Desportivo de S. Francisco da Serra
R. da Telecom n.º 8 1.º A
7540 Santiago do Cacém
Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra
População: 8 454 habitantes
Área: 208 km2
Santiago do Cacém
Localização
Santiago do Cacém é sede do município e cidade desde junho de 1991.
Conhecida pelas suas laranjeiras a ladearem as ruas, Santiago do Cacém acompanha as ondulações do terreno descendo e subindo encostas até ao monte onde se ergue o castelo. No lado oposto encontramos as ruínas romanas de Miróbriga.
Para as horas de lazer sugere-se um passeio pelo Centro Histórico, ao Parque do Rio da Figueira, ou uma visita ao Museu Municipal e à Biblioteca Municipal.
Acompanhando o crescimento urbano e o desenvolvimento económico a Câmara Municipal criou à saída da cidade em direcção a Sines, um Parque de Empresas. Aqui se concentram a maioria dos serviços públicos do município.
Situa-se a 149 km de Lisboa, 18 km do porto de Sines, 177 km do aeroporto de Faro e 137 km da fronteira com Espanha.
Fazem parte da freguesia os lugares de Cumeadas, Escatelares, Cerro Vermelho, Vale Seco, Aldeia dos Chãos, Vale Verde, Relvas Verdes e Ortiga.
História
Santiago do Cacém de povoado pré-celta a cidade do século XXI
Santiago do Cacém situa-se a cerca de 1 km para Oeste das ruínas da denominada Miróbriga, de origem pré-romana.
(…)Originariamente povoado pré-celta, aglomerado urbano celta, foi romanizado até (…) ao século V da Era de Cristo.
Estudada arqueologicamente desde 1808, foi um importante centro económico, social, religioso, cultural e desportivo.
(…) Salatia Imperatoria ou Mirobriga Celtici, as ruínas ao lado de Santiago do Cacém, mostram antigos templos romanos e pré-romanos num planalto onde todo um Fórum se desenha claramente; um desenvolvimento habitacional e comercial ocupa toda a colina voltada a Este, e a zona Sul; no vale, umas imponentes termas ou balneários; e a cerca de 1 km o único hipódromo romano conhecido em Portugal.(…)
E por toda a região se encontram, aqui e ali, os restos de Villae, e de calçadas romanas bem pavimentadas, sem esquecer os povoados neolíticos e das idades do cobre, bronze e ferro e até os restos paleolíticos(…).
A ocupação romana deste espaço vai dar lugar à dominância árabe de cinco séculos.
É assim que este importante centro populacional vai renascer, reafirmar-se, um pouco mais a Oeste num outeiro de que se avista uma soberba paisagem cujo horizonte é o Atlântico, a Arrábida e o Espichel…
(…)A vila do mouro Kassem, afirma-se sobranceira a toda a região que domina, com o seu castelo, desde o século VIII até ao século XII. Desta fase de dominância islâmica é também a toponímia que persiste. (…)
Mas também o grande senhor árabe, o forte castelo de Kassem, vai ter de dar lugar a outros conquistadores.
A história das conquistas e reconquistas deste castelo, não é simples nem linear. No entanto, é provável que entre 1158 e 1160 o castelo árabe tenha sido tomado por tropas fiéis a D. Afonso Henriques. Em 1161, os mouros devem tê-lo recuperado. Terá voltado a ser cristão entre 1162 e 1166. Foi doado à Ordem de Sant’ Iago de Espada em 1186(…).
Assim, passando a Vila de Kassem a pertencer de facto à Ordem de Sant’Iago, mantém o antigo nome ao qual se antepõe o da Ordem.
O Burgo Medieval de Sant’Iago de Kassem era já de grande importância no século XIII, com responsáveis políticos e administrativos de 1.ª categoria (pretores, alvazis, juízes, alcaides, almoxarifes).
Já considerada oficialmente com a categoria de Vila em 1186, recebe a sua primeira Carta de Foral com D. Dinis.
Refira-se que é no reinado de D. Dinis que é feita doação da vila e castelo de Sant’Iago de Kassem e Panoias a Vetácia Lascaris, princesa grega encarregada da educação de D. Constança, filha de D. Dinis e depois esposa de D. Fernando. A vila só torna ao poder da Ordem por morte de Vetácia em 1336. Esta senhora passa os seus últimos anos de vida em Coimbra onde está sepultada na Sé Velha.
É deste período um imponente monumento iconográfico relacionado , e actualmente integrado no interior da Igreja Matriz, talvez encomenda da Rainha D. Isabel: um alto relevo do século XIV, com 2m x 1,5m, que representa o Sant’Iago a cavalo, combatendo os mouros, e que foi fonte de inspiração para as actuais armas, selo e brasão do Município.
O primeiro Comendador da vila pela Ordem foi Carlos Pessanha, filho de Manuel Pessanha, primeiro almirante de Portugal.
Em 1383-85, Sant’ Iago de Kassem toma voz pelo Mestre de Aviz, pelos interesses nacionais, contra a submissão ao estrangeiro.
(…) A Vila de São Tiago de Cacém, em poder da Ordem até 1594, passará então por doação de Filipe II aos Duques de Aveiro até 1759, ano em que, pela tentativa de regicídio, ficou a pertencer, com os bens de duque executado, ao domínio da Coroa, passando por fim em 1832, pela vitória do regime liberal, ao Estado.
Com Juízes de Foro desde, pelo menos 1551, a magistratura judicial era até aí exercida por Juízes Municipais eleitos pelo Concelho e aprovados pelo Comendador. A partir daí com juízes formados, de nomeação régia, passou a ter maior amplitude judicial e administrativa, na partilha das responsabilidades municipais como homens da vila.
A organização municipal assente nos homens-bons, nos alvazis, nos jurados nomeados pelos cavaleiros-vilãos e peões, e que representava a força vital do Concelho, foi alterada por D. Manuel e começa então a magistratura administrativa dos Vereadores, a chamada Câmara. Desde o século XVI e até 1833, o corpo da Câmara de S.Tiago do Cacém era composto por três Vereadores e um Procurador.
O número de localidades e freguesias que compõem o Concelho de Santiago do Cacém é Sede, tem variado ao longo do tempo. Mas desta diversidade ressalta sempre a sua importância regional em todo o litoral entre o Sado e o Mira, com uma projecção para o interior, da ordem das dezenas de quilómetros em extensão de território. (…)
Desde meados do século XVI que o Ensino se pratica na vila. O seu impulsionador foi precisamente o exímio literato Frei André da Veiga, nascido em São Tiago do Cassem em 1472, cujo nome foi dado à Escola Preparatória aquando da sua criação.
Depois da grande expansão urbana que conseguiu no século XVIII, São Tiago do Cacém afirma-se destacadamente na região durante as Invasões Francesas.
(…) No século XIX Santiago do Cacém era uma pequena Corte, onde os senhores da terra faziam vida faustosa do tempo dos morgadios. As opulentas Casas dos Condes do Bracial, dos de La Cerda, do Capitão Mor, dos Beja, dos Condes de Avillez, Fonseca Achaiolli e outras, dominavam a vila e o seu Termo e outras terras alentejanas.
Nomes sonoros como os do Comendador António Pereira Luzeiro de La Cerda, José Francisco Arrais Beja Falcão, António Pais de Matos Falcão (Conde do Bracial), estão ainda hoje na memória das gentes. Gentes fortemente vincadas aos movimentos populares e sindicalistas das primeiras décadas do século XX, que o nosso concidadão e muito querido amigo o Escritor Manuel da Fonseca, imortalizou nas suas obras.
Período de explosão e desenvolvimento económico, suportado pelo trabalho mal pago dos assalariados, é nesta altura que a par de belas e ricas quintas e herdades senhoriais de exploração agro-pecuária inovadora(cereais, frutas e cortiça, fundamentalmente, e gado cavalar, muar, asinino, bovino, ovino, caprino, suíno) como o Pomar Grande. Herdade do Paúl, da Casinha, de Vale de Agreiros, da Assenha, de Corona, da Ortiga, de Olhos Bolidos, do Canal e outras Casas Agrícolas como a de Jorge Ribeiro de Sousa, a par dessa exploração agro-pecuária, vai paralelamente desenvolver-se a indústria e o comércio. Contavam-se na vila, mais de uma dezena de Fábricas de Cortiça, várias Serrações de Madeira, Carpintarias, Mecânicas, Fábricas de Moagens de Ramas, Forjas e Oficinas e Ferraria e Serralharia. Instalaram-se em Santiago do Cacém, Advogados, Farmacêuticos, Merceeiros, Comerciantes de Fazendas, Gráficos. Abrem-se os primeiros cafés. As Colectividades e Associações animam a vila: são a Filarmónica União Artística, a Sociedade Harmonia, a Casa do Povo (Associação sindicalista cujo edifício está hoje classificado como Monumento Nacional).
Os seguintes factos traduzem não só a riqueza dos Senhores, como o guindar da vila florescente e pitoresca da primeira metade do século aos destaques do país:
- em 1895 chega a Portugal o primeiro automóvel. É propriedade do Conde de Avillez, de Santiago do Cacém;
- primeiro Rolls Royce que veio para Portugal, veio também para Santiago do Cacém. Propriedade de José de Sande Champalimaud;
- registo n.º 1 para automóveis, passado pelo Ministério das Obras Públicas em 1901 é para Santiago do Cacém, em nome de Augusto Teixeira de Aragão.
Vai ser necessário esperar pela década de 70, depois de 40 anos de estagnação, para a vila iniciar nova fase de expansão urbana, a maior da sua existência secular, agora planificada e projectada.
O ordenamento urbano, a definição de zonas de expansão permitem agora localizar as estruturas habitacionais, comerciais, industriais, culturais, de serviço, de acesso e comunicação, de uma forma integrada.
O perfil, o traço, o percurso histórico, a sede que é de abastecimento e troca, de atracção turística, de prestação de serviços para o concelho (…), para os vizinhos concelhos de Sines, Grândola e Odemira, caracterizam actualmente Santiago do Cacém, já não como pitoresca vila de princípios do século conhecida pela Sintra do Alentejo, mas como uma cidade pronta para o desafio da década de 90 e do século XXI.
Excertos do texto de autoria de Dr. Sérgio Pereira Bento
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Sábado: 12h00 – 18h00
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Parque Urbano do Rio da Figueira
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HLA – Hospital do Litoral Alentejano
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Paróquia de Santiago do Cacém
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Escola Básica de Relvas Verdes (EB1/JI)
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Escola Básica Frei André da Veiga (EBI/JI)
269822639
Escola Secundária Manuel da Fonseca
269750080
Albergaria D. Nuno****
Av. D. Nuno Álvares Pereira
269 823 325/6/7
alb.d.nuno@mail.telepac.pt
Pensão Gabriel***
R. Prof. Egas Moniz
269 822 245
Pensão Armando Covas
Rua Cidade de Setúbal
269 822 675
Pensão Porto das Covas
Lg. 25 de Abril
269 826 020
Santa Cruz
Localização
A freguesia situada a 6 km de Santiago do Cacém, é a mais pequena do município. A maioria da população vive em montes dispersos pelos campos.
Na aldeia de Santa Cruz é de assinalar a igreja datada do século XV de arquitetura rural, enquadrada na paisagem.
As Ademas constituem o lugar da freguesia que mais tem crescido no que diz respeito ao número de habitações.
História
A data da criação da Freguesia de Santa Cruz permanece ainda desconhecida da história local, embora a sua constituição possa ter ocorrido na primeira metade do século XIV, durante o período em que a bizantina D. Vataça Lascaris foi donatária da Comenda de Santiago do Cacém e trouxe a venerável relíquia do Santo Lenho para a Igreja Matriz – um pedaço da Cruz de Cristo -, o que pode explicar a origem da criação e denominação do orago da freguesia (1).
Nos finais do século XV ou nos primeiros anos do século XVI, a freguesia deve ter-se desenvolvido o suficiente para que fosse construída ou reconstruída a igreja ou ermida então existente, o que fez com que o altar-mor fosse embelezado com uma notável peça de escultura, de um bom mestre, talvez flamengo ou que trabalhava à maneira flamenga, com a representação da imagem do orago da freguesia, ou seja, com a representação de uma Cruz do Calvário com um Cristo Crucificado.
No século XVIII, concretamente em 1758, a freguesia foi amplamente descrita num “relatório” elaborado pelo pároco de Santa Cruz, em resposta a um questionário enviado a quase todas as paróquias do reino. Nesse relatório, refere-se, entre outras coisas, que o terramoto de 1755 apenas havia danificado dois montes e o telhado e a parede sul da igreja; que a igreja possuía, para além do altar-mor, o altar de Nossa Senhora do Rosário e as imagens do Menino Jesus, Santo António, S. José, Santa Teresa e as Irmandades do Rosário e das Almas; que existia a Fonte do Nabarro e a Fonte Telhada, de onde havia saído “miraculosamente” o ouro com que se fizera a primeira coroa de Imperatriz da Festa do Espírito Santo, em Santiago do Cacém; que apenas possuía dois moinhos de água, que apenas moíam no inverno; que a população residente era composta por 266 pessoas; que a povoação se achava ao lado da igreja, onde se situavam as casas de residência (do pároco?) e do sacristão e de mais três vizinhos.
No século XIX, concretamente no dia 11 de novembro de 1858, a freguesia voltou a ser vítima de um outro terramoto, o que provocou grande ruína no templo e obrigou os fregueses a deslocarem-se à igreja de Nossa Senhora do Monte, em Santiago do Cacém, para ouvirem missa. Por outro lado, na mesma centúria verifica-se um aumento considerável no número de habitantes e no número de fogos existentes: em 1850 a freguesia passa a ter 104 fogos, 15 dos quais desabitados – contando a aldeia apenas com cinco fogos – e 392 pessoas, de ambos os sexos. Em 1863 este número aumenta, passando a freguesia a contar com 430 pessoas (235 do sexo masculino e 195 do sexo feminino), embora com uma diminuição no número de fogos, que passaram para 103, registando a aldeia apenas quatro fogos.
No último quartel do século XX, a freguesia de Santa Cruz sofreu algum desenvolvimento urbanístico, que se traduziu no aumento do número de fogos na aldeia e no consequente aumento da população.
(1) Deve-se acrescentar que a própria igreja de Santa Cruz era uma filial da Igreja Matriz de Santiago do Cacém e que estava sob a sua dependência.
Contactos
Junta de Freguesia
Largo da Igreja
7540-051 Santa Cruz
269 823 011
269 823 575
juntafscsb3@gmail.com
Escola
Escola Básica de Santa Cruz
269 826 836
Centro de Bem-Estar Social
Ademas
7540 – 051 Santa Cruz
269 823 176
abes_santacruz@sapo.pt
Grupo Desportivo de Santa Cruz
Largo da Igreja, Cx Postal 7254
7540-151 Santa Cruz
São Bartolomeu da Serra
Localização
Para se chegar a esta localidade a partir de Santiago do Cacém, percorre-se cerca de 8 km da EN 121 em direção a Ermidas-Sado. Por esta freguesia passa a ribeira de Corona, um afluente do Rio Sado.
O solo desta freguesia é acidentado e argiloso. A cortiça é a principal produção, cultivando-se também variados cereais.A população emprega-se na agricultura, criação de gado e nos serviços (na cidade de Santiago do Cacém).
Destacam-se a sua igreja paroquial e a estação do caminho de ferro inaugurada em 1932 e recentemente restaurada.
Pertence à freguesia o lugar de Mulinheta.
Santo Padroeiro: S. Bartolomeu
Contactos
Junta de Freguesia
Av. 25 de Abril
7540-321 São Bartolomeu da Serra
269 902 156
juntafscsb3@gmail.com
Escolas
Escola Básica de S. Bartolomeu da Serra
269902415
Estabelecimento de Educação Pré-Escolar Itinerante de S. Bartolomeu da Serra
269902415
São Domingos e Vale de Água
População: 1612
Área: 206 Km2
São Domingos
Esta freguesia, dotada de solos férteis, fica próximo da barragem de Fonte Cerne. Para chegar a São Domingos siga a Estrada Nacional 261, contemplando ao longo do percurso uma paisagem onde predomina o verde das árvores que crescem ao longo da ribeira.
A ribeira de São Domingos corre numa área muito extensa, até Alvalade.
Constitui uma importante fonte de riqueza para as culturas de regadio. A sua várzea abrange uma área muito extensa onde se cultiva o arroz, tomate e milho.
O seu topónimo deriva da devoção a São Domingos, consequência da evangelização por frades dominicanos.
Fazem parte de São Domingos os lugares de Foros do Locário e Foros da Casa Nova.
História:
Pelos achados arqueológicos que se têm encontrado em vários lugares, sabe-se que a região foi habitada desde o tempo do homem primitivo, sendo posteriormente ocupada pelos Romanos e certamente pelos Mouros.
Como descreve o professor Manuel João da Silva, “durante o ano de 1981 foram descobertas “xistas” na Herdade do Pocinho, por ocasião duma remoção de terras para construir um açude.
Na Herdade do Carvalhal, perto da ribeira de São Domingos, encontra-se grande quantidade de fragmentos de cerâmica que nos parece ser de origem Romana. No mesmo local há também abundante escória, tudo indica que existiu ali uma importante fundição de minério”.
Em 1758, Manuel Rodrigues Manço era o pároco de São Domingos, que referiu como atividades importantes a extração da cortiça, venda de carvão e criação de animais, como as cabras, porcos, vacas e ovelhas. Três anos antes o terramoto de 1755 arruinou bastante a igreja paroquial, levando ao desespero o padre Manço que a todos dirigiu pedidos de esmola para o conserto da sua “casa”.
No seu relato refere que a freguesia possuía cento e trinta e três fogos, embora o número de habitantes fosse flutuante, devido à extensão e às atividades que eram exercidas no território.
A tradição oral conta um episódio que remonta ao ano de 1834 quando D. Miguel, que seguia de Alvalade para Sines rumo ao exílio, parou nesta povoação para matar a sede tendo recebido um copo de água das mãos de uma pobre velha, que vivia perto do poço da aldeia.
“A aldeia de São Domingos tinha em 1800, 30 fogos, rendia ao pároco dois moios e meio de trigo, dois moios de cevada, e 10$000 réis pagos comenda”, descrição de padre António Macedo, em Annaes do Município, 1869.
Em 1863 a freguesia tinha 1200 habitantes.
A grande extensão de charneca produzia anualmente 15.000 sacas de carvão. A freguesia era abundante em cereais e gado, principalmente suíno, tinha muitas colmeias e caça miúda. Outrora existiu uma moagem e um lagar de azeite.
Contactos
Freguesias de São Domingos e Vale de Água
Largo 25 de Abril, 22
7540-415 São Domingos
269 903 158
269 903 244
uniaos.domingosevaledeagua@gmail.com
Escola
Escola Básica de S. Domingos (EB1/JI)
269937194
Centro de Saúde de São Domingos
Pct Francisco A. César, 7
7540 São Domingos
269 903 151
Ambulância
269 903 158
Farmácia São Domingos
Rua da Liberdade, 60
7540 São Domingos
269 903 122
Táxis
269 903 209
Casa do Povo
Rua Manuel da Fonseca, 12
7540-415 São Domingos
269 903 121
Vale de Água
De características rurais, situa-se entre S. Domingos e Cercal do Alentejo. Fazem parte de Vale de Água: Foros do Corujo e Vale das Éguas.
Parte da Barragem de Campilhas integra o seu território.
Vale de Água foi sede de Freguesia entre 1997 e 2013.
Contactos
Freguesias de S. Domingos e Vale de Água
269 909 111
Centro de Dia de Vale de Água
269 909 138
Escola
Escola Básica de Vale de Água (EB1/JI)
269909255
Táxi
269 903 209