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Exposição de pintura de António Carmo “Músicas de Ontem e de Hoje”
3 de Agosto a 28 de Setembro
Nesta exposição de António Carmo “existe uma fascinante simbiose entre a cor, sempre assumida em toda a sua verdade – eu diria mesmo em toda a sua nudez – e a evocação dos sons da arte musical.
Esses elementos conjugam-se dentro de uma estrutura formal que é ritmo e que domina cada um destes quadros.
Contudo, tratando-se de retratos em que o pintor também assume o subjectivismo da sua visão de cada um dos retratados, esse ritmo varia quase alucinantemente de tela para tela e de figura para figura.
São retratos, sem dúvida, mas são sobretudo enquadramentos psicológicos dos vários músicos que António Carmo homenageia nesta tão original coleção.” Excerto do texto de autoria de António Victorino d´Almeida.
António Carmo nasceu em 1949 estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio, onde cursou Pintura Decorativa. Ainda como estudante começa a frequentar as tertúlias de Lisboa, nomeadamente na Brasileira do Chiado, Café Tarantela, Café Vává, Leitaria Garrett, etc.
Na Brasileira, conheceu e conviveu com algumas das figuras conhecidas da cultura nacional, tais como Almada Negreiros, Abel Manta, Jorge Barradas e João Hogan que, em 1970 apadrinhou a sua exposição na Galeria Diário de Notícias, e outros que ainda hoje fazem parte do seu convívio diário, entre estes, Virgílio Domingues, Alberto Gordillo e Luís Lobato.
Em 1968 faz a sua primeira exposição individual, na Galeria Nacional de Arte em Lisboa. Nesse mesmo ano, ingressa no Grupo de Bailados Portugueses Verde Gaio, aí permanecendo por dezoito anos e onde conheceu alguns grandes nomes do bailado internacional. Nesse período, para além de participar como bailarino, fez ainda os figurinos e cenários para alguns bailados do Grupo.
Em 1970 é mobilizado para a Guiné (Guerra Colonial) e durante os 2 anos em que ali permanece, organiza algumas exposições e executa alguns murais; colabora no jornal A Voz da Guiné e faz uma pesquisa sobre a Arte Nalu.
Regressa a Lisboa em 1972 e no ano seguinte promove na Galeria Opinião, uma exposição de reflexão e denúncia dessa mesma Guerra Colonial.
Depois de 25 de Abril de 1974, executa grandes murais nas Festas do Avante em conjunto com outros nomes da pintura, tais como: Rogério Ribeiro, Cipriano Dourado, Querubim Lapa, Jorge Vieira e Rogério do Amaral.
A partir de então inicia uma carreira internacional sendo a sua primeira exposição na Galeria Solidair em Roterdão/Holanda, vindo a fixar-se temporariamente em Bruxelas onde há cerca de 25 anos mantém uma permanência constante nalgumas galerias, tais como: Galerie L’Oeil, Racines e, mais recentemente a Galerie Albert I.
Em Bruxelas, executa ainda dois murais de grandes dimensões para a ABEP (Associação de Portugueses Emigrados na Bélgica) que foram, recentemente, doados à Câmara de S. Gilles/Bruxelas.
Ilustrou durante alguns anos o “Suplemento Cultural” do matutino O Diário bem como outros jornais. Formou ainda o Grupo Paralelo, juntamente com alguns pintores e escultores.
Do seu curriculum fazem parte inúmeras exposições tanto nacionais como estrangeiras.
Exposição de pintura de António Carmo “Músicas de Ontem e de Hoje”