O pólo museológico surge integrado no projeto “Revitalizar A Bella”, que resultou de uma candidatura ao Programa Operacional AGRIS.
Este projeto é promovido pela Junta de Freguesia de Abela em parceria com a Câmara Municipal de Santiago do Cacém.
Esta ação consiste no aproveitamento do antigo quartel da Guarda Nacional Republicana, pertença da Junta de Freguesia de Abela, destinado a mostrar parte da vida rural do concelho.
Construído no início da década de quarenta do século XX, funcionou como Escola / Posto Médico e como quartel da Guarda Nacional Republicana.
As coleções / objetos apresentados transmitem conhecimentos de uma sociedade rural, pertencente ao passado, mas ainda suficientemente próxima para ser espaço de partilha de memórias e de referência identificada que une e identifica diferentes gerações.
No pólo museológico pretende-se abordar a memória de uma sociedade que, nas últimas décadas, se transformou profundamente, bem como a relação de pertença de uma população com o seu território, seja à escala da localidade, da freguesia, do concelho ou eventualmente de uma microregião.
Preservar memórias do quotidiano rural, assim surge o MUSEU DO TRABALHO RURAL.
A Junta de Freguesia de Abela e a Câmara municipal de Santiago do Cacém pretendem homenagear os homens e mulheres que ao longo de séculos, arduamente rasgaram estas terras, transformando extensas zonas de charneca em magníficas searas de pão.
O Museu do Trabalho Rural é um lugar de afetos, de encontro do passado, do presente e do futuro. Procura preservar e perpetuar para as gerações vindouras , saberes, tradições , memórias e modos de vida de um quotidiano rural em profunda transformação.
Um Museu que pede tempo para se ver e para se sentir. Logo à entrada uma inscrição do escritor Miguel Torga recorda esse mesmo tempo: «O Alentejo lembra-me sempre um imenso relógio de Sol, onde o Homem faz de ponteiro do Tempo». Dá-se o mote.
Fala-se do território e dos seus protagonistas.
Este espaço de pertença, faz com que a população acabe muitas das vezes, por ser o cicerone de amigos ou familiares que à região se desloquem, recordando os tempos passados, que marcaram as suas vidas de trabalho árduo, bem distante para as novas gerações habituados a ver os cereais e os legumes nas prateleiras dos supermercados. Para darmos a conhecer às novas gerações a realidade de outrora, realizam-se visitas com as Escolas do Concelho. Aqui, podem ver através de fotografias todo o trabalho agrícola e mexer nos cereais como o trigo, a cevada, o arroz com casca, e assim ficarem a conhecer os verdadeiros cereais.