Descrição
O Auditório Municipal cumpre o compromisso do Município com a população: um recurso ao serviço das artes e da cultura.
É missão do Auditório Municipal António Chainho constituir um espaço de cultura, de aprendizagem e de atualidade artística, prestando um serviço público e promovendo o acesso da população a diferentes atividades culturais.
A programação do Auditório Municipal António Chainho é pautada pela qualidade e diversidade dos diferentes tipos de arte, com destaque para o cinema.
Com a atribuição da designação de António Chainho ao Auditório Municipal, o Município de Santiago do Cacém pretende prestar uma homenagem ao mestre da guitarra portuguesa, tendo como fundamento a valorização de um marco da identidade local, assim como estimular a aproximação dos munícipes e de quem nos procura ao inigualável património cultural do município de Santiago do Cacém.
O Auditório tem capacidade para 242 lugares, incluídos três lugares para pessoas com mobilidade reduzida.
O edifício é composto de dois pisos que albergam, além do palco e de espetáculos, uma cabine de projeção e uma cabine de som e luz, um camarim, uma sala de reuniões e a sala da direção.
A antecâmara de entrada, que serve de espaço de transição do exterior para o interior do edifício, comunica diretamente com a bilheteira, permitindo que o público adquira ingressos num espaço resguardado, sem haver necessidade de entrada no espaço do foyer, com o qual comunica.
O foyer, destinado à receção e permanência de público, possui, para o efeito, uma zona de informações/ bengaleiro, uma cafetaria e instalações sanitárias. Constitui-se ainda como a zona de acesso à sala do Auditório.
No segundo piso, existe uma zona que é uma extensão do próprio foyer e comunica visualmente com o mesmo através de uma galeria.
Programação
Programação do Auditório Municipal António Chainho
DEZEMBRO 2024
Programação mês de dezembro 2024
A programação do mês de dezembro no AMAC tem caráter solidário* e entradas gratuitas (com exceção da iniciativa “Um Legado a Viva Voz – O concerto” do Coral Harmonia).
* doação de bens alimentares, escolares, de higiene e limpeza, que posteriormente serão distribuídos a famílias carenciadas do Município em colaboração com as Juntas de Freguesia.
HEREGE
07 DEZ. | Sábado | 21h30 | Thriller | Terror | 111 min | M14
Realização: Bryan Woods, Scott Beck
Interpretação: Hugh Grant, Sophie Thatcher, Chloe East, Topher Grace, Elle Young, Julie Lynn-Mortensen, Haylie Hansen, Elle McKinnon, Hanna Huffman, Anesha Bailey
Sinopse: O encantador, convincente e diabólico Sr. Reed inicia um complexo jogo de perseguição após duas jovens missionárias mórmones tocarem à sua campainha. As jovens crentes enfrentam o intelecto refinado do anfitrião e são obrigadas a escolher entre a fé e a descrença enquanto se envolvem nos mais obscuros labirintos da mente de Reed.
CERROMAIOR
13 DEZ. | Sexta-feira | 21h30 | Drama | 89 min | M12
Realização: Luís Filipe Rocha
Interpretação: Carlos Paulo, Clara Joana, Ruy Furtado, Elsa Wallenkamp
Sinopse: Inspirado no romance homónimo de Manuel da Fonseca e noutros contos com o mesmo tema, Luís Filipe Rocha realizou um dos filmes portugueses de maior destaque na década de oitenta: retrato do horizonte sem fim e das vidas sem horizonte do Alentejo e representação do conflito entre os trabalhadores rurais e os latifundiários, acompanhando as frustrações românticas do filho de um proprietário.
No âmbito de Literárea – Festival de Turismo Literário do Alentejo e Ribatejo.
Com a presença do realizador Luís Filipe Rocha.
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
Manuel da Fonseca Inspira-te!
Prémio de Conto, Rota por Cerromaior, #ciclotecanobairro, Viver com a Escrita, Contos Malteses e muito mais.
VAIANA 2
15 DEZ. | Domingo | 11h00 | 15h30 | Animação | Aventura | 100 min | M6 | Versão Portuguesa
Realização: David G. Derrick Jr., Jason Hand, Dana Ledoux Miller
Vozes: Luz Fonseca, Custódia Gallego, Pedro Bargado, João Didelet
Sinopse: Vaiana recebe um apelo inesperado dos seus antepassados e viaja até mares distantes e perigosos da Oceânia na companhia de Maui e de uma tripulação de improváveis marinheiros.
SUPER PAI NATAL
20 DEZ. | Sexta-feira | 10h30 | 15h30 | Animação | Aventura | 88 min | M6 | Versão Portuguesa
Realização: Steve Majaury, Andrea Sebastiá
Vozes: José Lobo, Mila Belo, Mónica Garcez, Nelson Raposo, André Barroca Sobral, Paulo Oom, Raquel Ferreira
Sinopse:Depois de muitos anos a levar alegria às crianças do mundo inteiro, o Pai Natal está desmotivado e anseia por novas aventuras. O seu sonho é parecer-se com o super-herói de cinema Super Pai Natal, que enfrenta malvados vilões enquanto entrega brinquedos às crianças. Mas, quando perde a memória num acidente, quatro dias antes do Natal, o Pai Natal começa a acreditar que é realmente o Super Pai Natal e parte à procura o seu arqui-inimigo, o vilão ficcional krampus.
O GANGUE DOS MONSTROS
27 DEZ. | Sexta-feira | 10h30 | 15h30 | Animação | Comédia | 82 min | M6 | Versão Portuguesa
Realização: Piet De Rycker, Jens Møller, Jesper Møller
Vozes: Mia Belo, Paulo Oom, Nelson Raposo, Mónica Garcês
Sinopse: Quando uma fantasminha desalojada bate à porta dos excêntricos residentes de um Comboio Fantasma à procura de um lugar para viver, atrai acidentalmente a atenção do mundo exterior e tem de se juntar ao variado grupo de monstros numa louca missão para salvar não só o futuro do Comboio Fantasma, mas também a sua única hipótese de finalmente ter uma família.
UMA VIAGEM AO TEU LADO
27 DEZ. | Sexta-feira | 21h30 | Drama | Comédia | 100 min | M12
Realização: Tony Goldwyn
Interpretação: Bobby Cannavale, William A. Fitzgerald, Robert De Niro, Rose Byrne, Vera Farmiga, Whoopi Goldberg, Rainn Wilson, Tony Goldwyn, Jackson Frazer, Greer Barnes
Sinopse: O humorista Max Bernal vive com o pai, Stan, após ter fracassado na carreira e no casamento. Está em profundo desacordo com a futura ex-mulher, Jenna, sobre como lidar com as necessidades especiais do filho autista de 11 anos, Ezra. Quando a criança é expulsa de mais um colégio, Max toma a controversa decisão de levar Ezra a meio da noite numa viagem pelo país.
WICKED – PARTE 1
28 DEZ. | Sábado | 21h30 | Romance | Fantasia | 161 min | M12
Realização: Jon M. Chu
Interpretação: Cynthia Erivo, Ariana Grande, Jonathan Bailey, Jeff Goldblum, Michelle Yeoh, Ethan Slater, Marissa Bode, Bowen Yang, Bronwyn James, Keala Settle, Aaron Teoh
Sinopse: A história de como Elphaba se tornou a Bruxa Má do Oeste no universo do Feiticeiro de Oz.
14 DEZ. | Sábado | 16h00 | 60 min | M6
“RUDOLFO E AS RENAS DO PAI NATAL” – Companhia CRI’ART – Associação Cultural
Sinopse: Depois de muito tempo paradas, o Pai Natal acha que este ano as suas renas não o vão conseguir ajudar na distribuição dos presentes.
Rudolfo, o líder da sua equipa de renas, decide provar ao Pai Natal que ainda estão capazes. Começa a missão de salvar o Natal! O que ele não sabe, é que Rufina, quer roubar o seu lugar. Será que Rudolfo vai conseguir salvar o Natal?
Bilhetes: Entrada gratuita mediante levantamento prévio de bilhete no AMAC.
21 DEZ. | Sábado | 21h30 | 120 min. | M6
22 DEZ. | Domingo | 16h00 | 120 min. | M6
UM LEGADO A VIVA VOZ – O CONCERTO
Bilhetes: 8 € |Disponíveis no AMAC
Sinopse: Um concerto de celebração. A festa do 40.º aniversário do Coral Harmonia partilhada com o público.
O alinhamento revisita temas extraídos de vários projetos produzidos pelo Coral Harmonia e que de alguma forma marcaram o grupo ao longo do tempo.
As vozes do Mundo Harmonia & BANDAlheira esperam por si!
Vamos celebrar juntos!
Organização: Coral Harmonia e Coral Harmonia Juvenil
Apoio: Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Junta de Freguesia da União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra, Galp Energia e Repsol.
03 a 29 DEZ.
“CORAL HARMONIA 40 ANOS – UM LEGADO A VIVA VOZ”
Sinopse: Em perfeita Harmonia, todos os sons e silêncios, a tempo e contratempo…
Na pauta, as histórias de cantar, onde queremos honrar o passado, celebrar o presente e preparar o futuro!
40 anos de um percurso que marcou épocas, de uma fonte inesgotável de alegria na arte de cantar em conjunto e, acima de tudo, a tocar os corações daqueles que nos ouviram e ouvem.
Privilegie as reservas dos seus bilhetes via telefone: 269 750 410 ou e-mail: auditorio@cm-santiagocacem.pt
Bilheteira
Venda de bilhetes
Terça a sexta–feira: 10h00 às 12h30 / 13h30 às 16h00
Encerra: segundas-feiras e feriados, salvo se nesses dias estiver agendado algum espetáculo
Dias de espetáculo e cinema: 1h antes
269 750 410 “rede fixa nacional”
auditorio@cm-santiagocacem.pt
Só são válidas mediante confirmação do auditório
Pagamento multibanco disponível na bilheteira.
Esta possibilidade é apenas aplicada a iniciativas organizadas pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém
Dias em que pode haver sessões de cinema
Horário das sessões de cinema:
Sextas-feiras e sábados: 21h30 público geral
Domingos: 11h00 – 15h30 – público infantojuvenil
Preços dos bilhetes de cinema:
crianças dos 3 aos 12 anos inclusive 1,60€ / adultos 3,20€
Filmes em 3D:
crianças dos 3 aos 12 anos inclusive 2,60€ / adultos 4,20€ (óculos incluídos)
O Auditório Municipal António Chainho é um espaço que cuidou do acesso para pessoas com mobilidade reduzida. Existem rampas de acesso e espaço para cadeira de rodas.
Biografia de Mestre António Chainho
Quando saiu da tropa, estava decidido que o seu destino seria a guitarra portuguesa. Corriam os anos sessenta e António Chainho, alentejano e no vigor dos vinte anos, logo demonstrou o seu virtuosismo nas doze cordas. Para trás, ficava o café dos pais, em São Francisco da Serra (Santiago do Cacém), onde, aos oito anos, se tinha iniciado nas lides. O pai manejava a guitarra, pousada sobre a mesa de bilhar e sempre à disposição, com destreza; e o filho, aos treze anos, já se apresentava em público.
Inspirado em mestres como Armandinho, estreia-se na casa de fados A Severa, em meados dos anos sessenta, a que se seguiram atuações n’O Faia, n’O Folclore e no Picadeiro, de que aliás seria proprietário e onde foi dando azo ao seu amor pela guitarra portuguesa, acabando por formar o seu próprio conjunto de guitarras. Mas é quando acompanha Maria Teresa de Noronha, Lucília do Carmo, Carlos do Carmo, Francisco José, Tony de Matos, António Mourão, Frei Hermano da Câmara ou Hermínia Silva que Mestre Chainho começa a deixar marcas na história da guitarra portuguesa. Ela seria a sua noiva para o resto da vida. E, desde aí, não se cansou de a mostrar ao resto do mundo.
Estava há três anos em Lisboa quando a Emissora Nacional o convida para um programa de rádio – “Fados e Guitarradas” – em que atua, ao vivo e em direto, com o seu conjunto. Nele se agrupavam guitarristas como José Luís Nobre Costa e tocadores de viola como Raúl Silva e José Maria Nóbrega. Para quem tinha aprendido a tocar a guitarra de ouvido colado à telefonia, tinha chegado a vez de ser considerado um dos seus primeiros executantes enquanto autor de memoráveis recitais de guitarra transmitidos pela rádio em Portugal. É por essa mesma altura, em finais dos anos sessenta, que grava o seu primeiro disco, o LP Solos de Chainho, para a já extinta editora Rapsódia, seguindo-se mais três discos no mesmo formato para outras companhias discográficas.
O orgulho na sonoridade da guitarra portuguesa levou-o no entanto a inverter posições. E se o protagonismo de um recital não pertencer tanto à voz como ao dedilhar de uma guitarra? Porque não hão de os holofotes incidir no canto de um dos mais brilhantes instrumentos portugueses? As guitarras não têm de gemer sempre baixinho e António Chainho assume por isso o risco de enveredar por uma carreira a solo. Com a modéstia que é reconhecida aos grandes, chama os maiores artistas para cantar consigo, confirmando que a sua missão é levar pelos quatro cantos do mundo a sua amada.
Atua então em recitais por todo o mundo: a solo ou dividindo o palco com Paco de Lucía ou John Williams; em concertos isolados ou em festivais dedicados à guitarra como aconteceu em Córdova.Abre uma nova frente ao iniciar uma discografia em nome próprio com o álbum Guitarra Portuguesa e um segundo disco gravado com a Orquestra Sinfónica de Londres, abraçando decididamente uma carreira discográfica, exclusivamente composta por temas originais, agora com o selo Movieplay.
Num mesmo movimento, explora novas direções para o fado. Toca guitarra portuguesa no álbum Fura Fura de José Afonso e, com Rão Kyao, participa no álbum Fado Bailado. É altura de experimentar o contacto com outras culturas e abre a guitarra portuguesa à voz de cantoras como as brasileiras Gal Costa e Fafá de Belém, a espanhola Maria Dolores Pradera e a japonesa Saki Kubota. Os convites sucedem-se e tomam formas insondáveis para quem não partilha o gosto pela reinvenção constante da guitarra portuguesa. Na coletânea Red Hot + Lisbon, acompanha a norte-americana kd lang no tradicional “Fado Hilário”.
Em 1998, já não consegue esconder a sua paixão e grava A Guitarra e Outras Mulheres, em que é acompanhado por Teresa Salgueiro (Madredeus), Marta Dias, Filipa Pais, Ana Sofia Varela, Elba Ramalho ou Nina Miranda (Smoke City), e por alguns dos músicos mais prestigiados da downtown de Nova Iorque (Bruce Swedien, Greg Cohen, Peter Scherer). A sua dedicação e talento são finalmente reconhecidos e o disco vende mais de vinte mil cópias, tornando-se uma referência na arte de bem tocar a guitarra portuguesa.
Mas é no Brasil – uma das suas paixões – que reencontra um brilho perdido e restabelece a ligação entre a música brasileira e a portuguesa. Com Celso Fonseca e Jaques Morelenbaum, habitual arranjador de Caetano Veloso, protagoniza o álbum Lisboa – Rio, cruzamento da tradição portuguesa com alguns clássicos da música brasileira. Sabendo da vocação universal da guitarra portuguesa, ergue então um novo marco da sua divulgação.
Os papéis voltam a inverter-se e agora Chainho é convidado para acompanhar as maiores vozes contemporâneas. O cantor lírico José Carreras não dispensa a sua colaboração num concerto no Pavilhão Atlântico; Adriana Calcanhotto chamou-o para junto de si numa das suas digressões em Portugal e Maria Bethânia convida-o para se apresentar em espetáculos no Rio de Janeiro e São Paulo. No Brasil, em Itália, ou no Japão, António Chainho insiste em divulgar a guitarra portuguesa. Em Portugal, é o mentor de um projeto que acalentou durante doze anos: a Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa e hoje é respeitado como um renovador da tradição que outros lhe deixaram.
De há uns anos a esta parte, tem sido acompanhado, à viola, por Fernando Alvim – habitual parceiro de mestre Carlos Paredes, para quem construiu os arranjos da maioria do seu reportório.
A admiração e o respeito que sentem um pelo outro aliada a uma grande cumplicidade musical própria dos mestres faz com que em todos os novos projetos de António Chainho o amigo esteja sempre presente.
Por seu lado, desde a edição de A Guitarra e Outras Mulheres que Marta Dias tomou um lugar destacado ao lado de António Chainho. Em disco e em concerto, Fadinho Simples demonstrou ser um dos temas fortes.
No álbum, gravado ao vivo no Centro Cultural de Belém, é a única vocalista presente, emprestando o poder da sua voz à vontade de percorrer os caminhos da aventura.
Assim, entra pelos domínios do jazz, de soul ou até da música brasileira, sem nunca evitar o fado.
Neste espetáculo, António Chainho faz-se acompanhar por Eduardo Miranda e Tuniko Goulart, músicos brasileiros radicados em Portugal.
Incansável na reinvenção da guitarra portuguesa e sempre pronto a apostar nos novos valores, António Chainho deu oportunidade a uma nova voz revelação do Fado, Isabel Noronha. Juntos apresentam, há mais de três anos, um espetáculo em que a mestria da Guitarra Portuguesa se alia à voz única de Isabel.
As apresentações de Chainho continuam a surpreender um pouco por todo o mundo e fazem escola entre alunos na Índia, Japão, Marrocos e Brasil, mas foi a criação da escola de Guitarra Portuguesa em Santiago do Cacém, sua terra natal, que lhe deu um especial orgulho, pois permite-lhe ensinar esta arte que tanto gosta.
Mestre António Chainho – Uma biografia
http://www.antoniochainho.com/conteudos/biografia-carreira