O Conselho Intermunicipal do Alentejo Litoral solicitou ao Primeiro Ministro, António Costa, uma reunião para alertar para o agravamento da qualidade dos cuidados de saúde prestados pelo Hospital do Litoral Alentejano, que serve 98 mil habitantes.
Ao longo dos últimos anos, os Presidentes das Câmaras Municipais de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines têm desenvolvido um conjunto de diligências com o objetivo de reverter esta situação e garantir a qualidade da prestação de cuidados primários e hospitalares na sub-região.
Recorde-se que a 4 de outubro o Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, solicitou, com caráter de urgência, uma reunião ao Secretário de Estado da Sáude, Manuel Delgado, na sequência da tomada de conhecimento da existência de graves problemas na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano.
O subfinanciamento do Hospital do Litoral Alentejano, cuja capitação define uma transferência de verbas insuficientes e proporcionalmente muito inferiores à esmagadora maioria das restantes unidades hospitalares, repercute-se não apenas ao nível da gestão, mas também na capacidade de atração de recursos humanos, em especial médicos e enfermeiros, e na fixação de especialistas.
A situação de fragilidade do Hospital do Litoral Alentejano e da Unidade Local de Saúde, que engloba os Centros e as Extensões de Saúde de todo o Alentejo Litoral, tem vindo a degradar-se, podendo, a curto prazo, comprometer ainda mais a prestação dos serviços à população.
Além das reuniões ocorridas com o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano e com a Administração Regional de Saúde do Alentejo, foram mantidos contactos com os Secretários de Estado da tutela, quer do Governo atualmente em funções quer com os membros do anterior executivo.
Em outubro passado foi também solicitada uma nova audiência com Ministro da Saúde, mantendo-se a expectativa sobre o seu célere agendamento.