A luta das populações e das autarquias continua a dar frutos. A Câmara Municipal de Santiago do Cacém, a Infraestruturas de Portugal (IP) e a concessionária (Estradas da Planície) acordaram, no dia 3 de março, a criação de duas passagens pedonais na ER-261-5: uma entre o Bairro Pôr-do-Sol e a zona que dá acesso ao Bairro do Pica Pau e ao Centro de Saúde; e a outra entre os Bairros da Atalaia/Torres e o acesso ao Mercado Municipal e supermercados.
Depois do troço entre os nós de Vila Nova de Santo André e da Maria da Moita (Areias Brancas) ter deixado de ser autoestrada, esta constitui mais uma excelente notícia para a população de Santo André, que vê assim atenuado um dos grandes problemas estruturais da cidade. Já no dia 7 de março, os técnicos da IP e da Câmara Municipal, acompanhados pelo Presidente da Junta de Freguesia de Santo André, Jaime Cáceres, estiveram no local para definir, ao pormenor, os locais das passagens pedonais a efetuar. Outra conquista significativa é o limite de velocidade entre os dois nós, que passará para 50 km/h, como tem vindo a ser defendido.
No caso do Bairro Pôr-do-Sol (exactamente no mesmo local onde antes se localizavam os semáforos), o projeto está concluído e as autarquias pretendem que a obra comece com a maior brevidade possível, prevendo-se que a intervenção decorra durante dois a três meses. Em relação aos Bairros da Atalaia/Torres, a Infraestruturas de Portugal ainda não tem o projeto elaborado, mas existe vontade da entidade em avançar com a maior brevidade possível, para que a via passe da concessionária para a IP o quanto antes. Em ambos os casos, as intervenções vão incluir a criação de passadeiras, controlo semafórico de velocidade e iluminação pública.
Recorde-se que esta é uma das principais reivindicações do abaixo-assinado lançado pela Junta de Freguesia de Santo André e pela população no dia 23 de fevereiro. Contudo, a Junta e a população, com o forte apoio da Câmara Municipal, entendem que ainda há um longo caminho a percorrer e que as questões de fundo ainda se encontram por resolver, ou seja, a desclassificação da A-26-1 para ER261-5 até à rotunda da Barbuda (já na Freguesia de Sines) e a criação de uma alameda entre os nós da Maria da Moita (Areias Brancas) e Vila Nova de Santo André (rotunda oval), com a construção de rotundas e a integração do troço na malha urbana da cidade.