O Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, solicitou uma reunião ao Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, com o intuito de sensibilizar o governante para o recuo na decisão de transformar os Postos da GNR de Alvalade e Ermidas-Sado em Postos de atendimento a funcionar apenas em dias úteis, entre as 9h00 e as 17h00.
Álvaro Beijinha teve conhecimento desta decisão, ontem, dia 18 de dezembro, através do comandante distrital da GNR e enviou de imediato o pedido de reunião com “caráter de urgência” ao Ministro, uma vez que a transformação dos Postos da GNR em Postos de atendimento reduzido está prevista iniciar em 20 de dezembro.
A Câmara Municipal considera que a implementação desta medida, além de afetar o serviço público de resposta à segurança da população da zona abrangida, não só de Alvalade e de Ermidas-Sado, mas também de S. Domingos, Vale de Água ou de Abela, é seguramente o primeiro passo para um futuro encerramento definitivo dos referidos Postos da GNR.
Para o Presidente da CMSC “a situação da forma como está, está longe de ser aquela resposta que as populações necessitam e a decisão a ser tomada não deveria de ser esta, mas sim o reforço de efetivos para que os Postos permitissem o funcionamento 24h/24h, com o patrulhamento às populações”. O Presidente da Câmara Municipal refere que “aquilo que está a acontecer agora é justificar que, tendo em conta que há poucos efetivos e com a questão das 24 horas e os turnos que os próprios guardas têm de fazer, não haja depois patrulhamento”.
Esta decisão abrange uma área territorial de mais de 600 km2, com uma população abrangida de cinco a seis mil habitantes e como destaca o autarca “onde passam vias rodoviária e ferroviária estruturantes, o IC1 e a linha ferroviária do sul. Na questão rodoviária é uma zona onde se verificam muitos acidentes e não faz sentido que cada vez que haja um problema tenha de vir uma patrulha de Santiago do Cacém, porque é isso que estamos a falar, nomeadamente se for depois das 17h00. Estamos a falar de uma distância de 26 km, no caso de Ermidas-Sado, e de 32 km, no caso de Alvalade.
Por estes motivos, Álvaro Beijinha salienta que “não podemos aceitar esta decisão, está em causa a segurança de pessoas e bens, por isso da parte da Câmara Municipal há uma total oposição a esta medida” e reforça que “caso esta decisão não seja revertida, tomaremos então outras medidas”.
Recorde-se que, Álvaro Beijinha, acompanhado dos Presidentes de Junta de Freguesia de Alvalade e de Ermidas-Sado, tinha já reunido, em 2014, com o então Secretário de Estado, para sensibilizá-lo a não tomar esta decisão.
Oiça as declarações do Presidente da Câmara Municipal, Álvaro Beijinha