Com um novo rosto, assim se apresenta o centro histórico de Alvalade, depois de concluída a requalificação que a Câmara Municipal de Santiago do Cacém realizou naquela Freguesia, uma intervenção orçada em mais de 800 mil euros, que privilegiou a humanização dos espaços dando prioridade à circulação de peões.
O Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, afirmou que esta é uma obra que “consideramos fundamental para a Freguesia de Alvalade, pela sua história e património. O seu centro histórico necessitava desta intervenção de mobilidade, regeneração e requalificação urbana. Um investimento que consideramos absolutamente estruturante para o desenvolvimento da Freguesia, para quem lá vive e para quem a visita.”
O Autarca salientou que a intervenção “foi complexa”, implicou responder ao nível da rede de águas, de pluviais e de esgotos, acrescendo o facto de ter sido “levada a cabo num quadro de pandemia que, em alguns momentos, condicionou o normal decorrer dos trabalhos.” Foi também uma obra que necessitou de acompanhamento arqueológico, tendo sido encontrados vários vestígios que foram precisos escavar. “Considero que, uma requalificação com estas características estar concluída no período de um ano não representa um prazo demasiado extenso.” Entretanto, “foi já realizada uma vistoria e há pequenos aspetos a corrigir, mas está tudo pronto para abrir, a partir de dia 25, toda aquela zona ao trânsito”, afirma Álvaro Beijinha. Com a requalificação foram introduzidas algumas alterações à circulação do trânsito na Praça D. Manuel I e na Rua de S. Pedro que passa a ter sentido único.
“O ganho de mobilidade é, para além das questões estéticas, a grande mais valia que esta obra traz, e as pessoas mostram-se agradadas”, quis deixar claro o Autarca. “Porque esta é uma obra de mobilidade”, com a colocação de lajes de granito e alargamento de passeios, fica facilitada a circulação de pessoas com dificuldades de mobilidade. Ao nível da circulação rodoviária foi criado um sistema que transmite aos condutores que naquela zona é para se circular com velocidade controlada.
Os objetivos definidos pela Câmara Municipal com esta requalificação “foram claramente alcançados. Hoje Alvalade tem uma cara nova, quem ali vive e tem os seus estabelecimentos comerciais consegue sentir os ganhos desta intervenção”, sublinha Álvaro Beijinha, acrescentando que “todo o esforço financeiro que a Autarquia fez seguramente irá marcar esta Vila com um antes e um depois desta intervenção.” Acreditando que iniciativas como o Alvalade Medieval com esta requalificação “tornar-se-á um evento ainda mais apelativo.”
Em relação aos mais céticos que manifestaram algumas reservas sobre a intervenção que a Câmara Municipal tinha projetado, “direi que a esmagadora maioria, hoje, está rendida ao ganho significativo que esta obra trouxe à vila de Alvalade, à Freguesia e ao concelho de Santiago do Cacém.”
A intervenção contemplou a Praça D. Manuel I, a Rua 31 de Maio de 1834, a Rua Duque da Terceira, a Rua de S. Pedro, a Rua e o Largo 25 de Abril, dando prioridade à circulação de peões, colocação de mobiliário urbano, criação de zonas de esplanada na Praça D. Manuel I, reestruturação do estacionamento e circulação automóvel, plantação de árvores, pavimentação e a colocação de sinalização rodoviária.
A operação “Requalificação do Espaço Público da Praça D. Manuel I e Zonas Envolventes -” tem um investimento elegível de 804.352,19 euros, cofinanciado à taxa de 85% no âmbito do Programa Operacional Alentejo 2020 / Portugal 2020, com fundos FEDER / União Europeia, o que se traduz numa contribuição comunitária de 683.699,36 euros. Tendo sido adjudicada à empresa Vibeiras – Sociedade Comercial de Plantas, S.A.
De salientar que, praticamente em simultâneo com esta requalificação, a Autarquia está a desenvolver o projeto do Museu de Arqueologia de Alvalade.