O Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, fez o balanço de um ano vivido sob a pandemia da COVID-19, abordando o que teve de mudar no dia a dia para se ultrapassar o desafio imposto, mas deixando uma mensagem de confiança para o futuro.
“Foi um ano complicadíssimo para todos nós, precisamente por esta altura em 2020 apareceram os primeiros casos no nosso Concelho”, sublinha Álvaro Beijinha. Acrescentando que “antes, numa atitude proativa, já tínhamos entrado em confinamento, encerrando ao público os serviços e os espaços municipais, como medida preventiva, pois não sabíamos o que esperar desta doença era tudo desconhecido, e ainda hoje não sabemos tudo acerca da COVID-19.”
Infelizmente tivemos mortes, surtos e picos, seguindo a tendência nacional. Gradualmente estamos a reduzir o número de casos, mas continuamos preocupados e apelamos às pessoas que continuem a cumprir a indicações da Direção-Geral da Saúde para que o desconfinamento, que dá agora os primeiros passos, não seja sinónimo de relaxamento, não queremos voltar ao que vivemos em janeiro e fevereiro de 2021.”
Em período de balanço, o Autarca recorda que “os nossos operativos, apesar de o receio de serem infetados, não deixaram de dar uma resposta e de estar na linha da frente. Com os serviços encerrados tivemos todos de nos organizar em teletrabalho, inclusive o Executivo Municipal, porque as respostas aos nossos munícipes tinham de continuar a ser dadas. Num trabalho sempre articulado com a Autoridade Local de Saúde, num contacto diário para que fosse feito o ponto de situação e definidas respostas.”
Para ultrapassar os desafios impostos pelo combate à COVID-19 “os nossos hábitos de vida foram alterados e esse foi, entre outros, um dos grandes problemas da pandemia, pois por natureza somos seres sociais”. Os eventos culturais e desportivos tiveram de ser cancelados, “e sabemos bem que são iniciativas que têm importância na vida das pessoas. Foi por esta razão que, durante o último desconfinamento, dentro das normas estabelecidas recuperamos algumas iniciativas culturais e reabrimos as Piscinas Municipais,” explica Álvaro Beijinha. Acrescentando que “não deixa de ser desmotivante termos toda a vontade e capacidade para realizar e acolher eventos, disso é reflexo a pujança nos últimos anos ao acolhermos provas desportivas de âmbito nacional em modalidades como o BTT, o Triatlo o Motociclismo e o Automobilismo, e não o pudermos fazer.”
Para voltarmos à normalidade “a esperança é a vacina, por isso a Câmara Municipal está envolvida desce a primeira hora com a Autoridade Local de Saúde para que corra tudo da melhor forma. Infelizmente o problema é a escassez de vacinas que não permite maior rapidez no processo, não são questões logísticas.”
Para o Presidente da Câmara Municipal, o comportamento dos Munícipes foi apontado como, “numa forma geral, positivo, nunca tivemos uma situação crítica na lista de municípios com maior número de casos por 100 mil habitantes, e isso é fruto da nossa população e da forma como tem sido cumpridora, e do trabalho desenvolvido de forma articulada com as várias entidades.” Relativamente à Autoridade Local de Saúde tem tido um papel “absolutamente extraordinário, assim como de diversas entidades, corporações de bombeiros, empresa e particulares.”
Quanto ao futuro as expectativas são que daqui a um ano “se viva sem as restrições que temos agora e que estejamos libertos da pandemia. Mas, até lá, há que prosseguir com o processo de vacinação e fazer um esforço adicional para continuarmos a cumprir as regras de combate à COVID-19”, sublinha Álvaro Beijinha.