Já é conhecida a obra vencedora da 13.ª Edição do Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca instituído pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém. “Contos de Macau”, de João Morgado (pseudónimo Liang), recebeu a unanimidade do júri, de entre as noventa e seis obras a concurso.
““Contos de Macau” é uma obra de um grande lirismo. As narrativas dos vários contos deixam transparecer uma elevada qualidade estética e um excelente domínio da linguagem. A atmosfera da cultura oriental está muito bem representada, seduzindo a atenção do leitor” foram as fundamentações que levaram o júri a atribuir a João Morgado a vitória no concurso.
João Morgado nasceu em 1965, na Covilhã. Poeta e romancista, é doutorado em Comunicação na Universidade da Beira Interior, onde se licenciou, tem um mestrado em Estudos Europeus na Universidade de Salamanca, Espanha, e uma pós-graduação em Marketing Político pela Universidade Independente / Universidade de Madrid. É membro do Centro de Investigação Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão.
Foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cívico e Cultural, oficializada pela República Federativa do Brasil, pelo seu trabalho de investigação sobre Pedro Álvares Cabral. Recebeu ainda o Troféu “Cristo Redentor” pelo seu trabalho em prol da cultura luso-brasileira, entregue pela Academia de Letras e Artes de Paranapuã – Rio de Janeiro. É um autor premiado nas áreas do romance, poesia e conto. Na literatura, afirmou-se com dois romances: «Diário dos Infiéis» e «Diário dos Imperfeitos».
A reunião decisiva do júri da 13ª Edição do Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca teve lugar no dia 25 de setembro.
O júri da XIII Edição do Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca foi constituído por Luís Machado, secretário-geral da Associação Portuguesa de Escritores, tem desenvolvido nos últimos anos uma intensa atividade como animador cultural, particularmente na divulgação da poesia. Homem de cultura, foi ator, jornalista e crítico de cinema; Manuel Frias Martins, presidente da Associação Portuguesa de Críticos Literários, ensaísta, professor universitário e crítico literário e Miguel Real, professor, escritor, ensaísta e crítico literário, possui uma vasta obra dividida entre o ensaio, a ficção e o drama.
O júri deliberou atribuir duas menções honrosas às seguintes obras:
“O eterno ciclo da vida ao ritmo das estações do ano: contos didáticos”, da autoria de António Gonçalves Ventura, assinada sob o pseudónimo Simão Alves Casal. (António Gonçalves Ventura é historiador com obra publicada).
“A pele é um incêndio”, da autoria de Maria Teresa T.G. Branco, assinada sob o pseudónimo A. Branco.
O primeiro prémio do concurso recebe um valor pecuniário de quatro mil euros e a obra será editada pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém.
A cerimónia pública de entrega do Prémio está prevista para o dia 17 de outubro, na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém.
Ao criar o Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, o Município de Santiago do Cacém presta homenagem ao grande escritor santiaguense, figura incontornável da literatura portuguesa, e à sua obra, sobretudo através da forma narrativa do conto, em que o autor revelou toda a sua excelência. E, simultaneamente, contribui para a revelação de novos criadores em língua portuguesa. O Prémio distingue uma coletânea de contos originais, por autor maior de idade, natural de qualquer país que integre a comunidade lusófona.