Um suposto ano zero, que se tornou rapidamente em ano um. A explicação é simples: as dinâmicas do I Grease Festival: nos tempos da Brilhantina, que decorreu nos dias 9 e 10 de junho no Largo do Pelourinho (Centro Histórico) em Santiago do Cacém, superaram as expectativas, traduziram-se num balanço muito positivo e resultaram em muito mais do que uma edição experimental.
“Correu muito bem, a recetividade das pessoas foi muito boa e isso foi muito importante para nós. Como alguém nos disse no Festival, normalmente começa-se pelo ano zero, nós começámos logo pelo ano um!”. Margarida Pereira, da Associação Cultural de Santiago do Cacém, uma das entidades organizadoras do Festival, a par da Sociedade Harmonia, Sammy Garage e da União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra, sublinha aquilo que foi “uma festa muito familiar”.
A organização conseguiu “reavivar a memória coletiva da população mais velha, que foi vestida à época. Foi muito engraçado, trabalhar com a população é muito gratificante”, destaca. “Os anos 50 estão um bocadinho na moda, há um certo revivalismo. Há muita roupa que se usa hoje em dia, perfeitamente adaptável à moda dos anos 50. O resultado foi fantástico! No geral, as pessoas gostaram de tudo”. Margarida Pereira aponta já à 2.ª edição do Grease Festival, desejando que em 2018 possa haver “uma maior envolvência dos sócios da Associação Cultural e da Sociedade Harmonia, para que possamos construir um grande Festival”.
A iniciativa visava a valorização do território através de um momento transversal às várias manifestações artísticas dos anos 50. Foram também objetivos: dinamizar o Centro Histórico da cidade, onde ficam situadas as duas associações, contribuir para o reavivar da memória coletiva do local e da história, envolver a população na dinamização da iniciativa, criar sinergias – principalmente com as associações locais – e contribuir para o convívio intergeracional.
A Câmara Municipal de Santiago do Cacém apoiou a iniciativa.