O Conselho Local de Ação Social de Santiago do Cacém (CLASSC) reuniu, no dia 16 de março, de forma extraordinária no âmbito da crise humanitária resultante da guerra na Ucrânia. O objetivo da reunião foi dar a conhecer às entidades que fazem parte do CLASSC as medidas existentes a nível nacional para receber os refugiados de guerra provenientes da Ucrânia e concertar atuações, também a nível local, de que é exemplo a disponibilidade demonstrada pelo Município de Santiago do Cacém. O encontro que decorreu no Auditório Municipal António Chainho, contou com a presença da Vereadora Mónica de Aguiar, da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, de Vlademiro Duarte, do Alto Comissariado para as Migrações, de Luisa Malhó, Diretora do Centro Distrital de Setúbal da Segurança Social, e de Graça Nunes, Diretora do Instituto de Emprego e Formação profissional do Litoral Alentejano.
A Vereadora Mónica de Aguiar sublinhou a necessidade de “concentrar os nossos esforços de forma a darmos uma resposta o mais coordenada possível e próxima das pessoas que neste momento estão a precisar da nossa ajuda. Durante as últimas semanas temos assistido a várias ações da sociedade civil, que são sempre bem-vindas.” Salientando que a Câmara Municipal “desde a primeira hora que está a par destas iniciativas e estará sempre disponível para as apoiar.”
Do Alto Comissariado para as Migrações, Vlademiro Duarte, responsável do Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes de Beja, avançou que a “proteção temporária se destina a todos os cidadãos ucranianos” que devido ao conflito tiveram de sair do seu país. Para obter ajuda do Estado Português “há que fazer o registo no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)”, desta forma é possível obter “automaticamente” os números de utente do Serviço Nacional de Saúde, Segurança Social e Finanças.
A Diretora do Centro Distrital de Setúbal da Segurança Social, Luisa Malhó, sublinhou o envolvimento do Município de Santiago do Cacém “que desde a primeira hora mostrou disponibilidade para colaborar e ajudar todos os que escolherem este Concelho para residir, no âmbito desta crise humanitária.” Esta responsável salientou “temos de estar todos em sintonia” para dar a resposta mais adequada e em tempo útil a estas famílias. O registo no SEF é “fundamental” frisou Luísa Malhó “para que situações de tráfico de pessoas sejam evitadas.” No caso dos menores, que cheguem ao nosso país, desacompanhados foi criada uma linha de apoio, com o número 300 511 490.
Graça Nunes, Diretora do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) do Litoral Alentejano, explicou que “foi criada no IEFP uma plataforma, que trata de forma diferenciadora as ofertas das empresas, destinadas às pessoas provenientes da Ucrânia”. Neste processo uma das “preocupações é fazer o acompanhamento à posteriori, porque estamos a lidar com situações de grande vulnerabilidade” Depois do registo no IEFP “serão encaminhadas para as sessões de português língua de acolhimento.” Graça Nunes salientou “que nesta primeira fase é necessário criar os canais de comunicação entre todos e os municípios são fundamentais nessa estratégia.”
Declarações da Vereadora Mónica Aguiar
Declarações do Alto Comissariado para as Migrações, Vlademiro Duarte
Declarações da Diretora do Centro Distrital de Setúbal da Segurança Social, Luisa Malhó
Declarações de Graça Nunes, Diretora do Instituto de Emprego e Formação Profissional