Álvaro Beijinha, Presidente da CMSC, voltou a exigir, junto da Infraestruturas de Portugal (IP), a construção de uma circular a Santiago do Cacém, que afaste o trânsito de pesados que transportem matérias perigosas do centro da cidade, dando cumprimento a uma velha reivindicação da autarquia e da população, prevista no Plano de Urbanização da Cidade, desde 1998.
Integrado numa comitiva da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), Álvaro Beijinha e os outros quatro Presidentes de Câmara da sub-região estiveram em reunião, no dia 17 de outubro, com o Presidente da IP, António Laranjo. Em cima da mesa, estiveram “preocupações que se prendem, em particular, com rodovias e acessos à nossa região”, explica o Presidente da CMSC.
Álvaro Beijinha incidiu principalmente na segurança das populações e voltou a demonstrar “preocupação relativamente à cidade de Santiago do Cacém e ao facto de, diariamente, passarem dezenas de camiões, muitos deles transportando matérias perigosas, pelo centro da cidade”, recordando o recente episódio com o camião de resina e outros acidentes ocorridos ao longo dos últimos anos. “Fomos sensibilizar e exigir, uma vez mais, que se concretize aquilo que está previsto no Plano de Urbanização da Cidade, desde 1998, que é a construção de uma circular à cidade de Santiago do Cacém, como forma de haver uma alternativa para esses camiões passarem”. O Presidente da CMSC alerta para o facto de a via atualmente utilizada ser “uma estrada nacional. E essa circular seria também, naturalmente, uma estrada nacional, pelo que terá de ser construída por quem tem responsabilidade na gestão das estradas nacionais, que, neste caso, é esta empresa, a IP. Sabemos que a conjuntura não é fácil, mas obviamente que temos de começar a estudar projetos, pois sem isso não há obra. É isso que nós defendemos, numa primeira fase, para depois partirmos para a obra”.
Santo André de novo na agenda
O Presidente da CMSC voltou também a insistir numa questão que continua a não estar resolvida, nomeadamente “a preocupação com a A26-1 / ER261-5, que liga Vila Nova de Santo André à rotunda da Barbuda/Sines. Uma vez mais fomos tentar perceber qual o ponto de situação do processo. É sabido que a obra está há mais de seis anos praticamente parada, foram efetuados alguns trabalhos nos últimos meses, mas falta aquilo que é a conclusão da obra, ou seja, a retirada dos pinos e a reposição da circulação normal. Foi-nos transmitido, em relação à conclusão da obra, que neste momento há negociações com os bancos que financiaram a obra, no sentido de tentar que seja disponibilizada uma verba para a sua conclusão, a ser transferida para o consórcio”. O Presidente da IP avançou mesmo com janeiro de 2017 como data possível para uma possível resolução do assunto. Álvaro Beijinha mostra um grande ceticismo em relação a mais esta data agora avançada, mas ainda assim mantém alguma esperança na resolução do problema. “Ao longo destes anos, já nos foram avançadas várias datas e a situação nunca se concretizou, esperemos que, desta vez, eu esteja enganado e que a data de janeiro seja para a acabar de vez com este flagelo com mais de seis anos”, classificando mesmo a obra como uma “trapalhada”.
Além deste aspeto, a Câmara Municipal de Santiago do Cacém manifestou também uma preocupação que já tinha apresentado noutras vezes, que se prende com “o troço dentro da cidade de Vila Nova de Santo André. Nós não concordamos nem aceitamos a situação atual, ou seja, que o início da autoestrada seja desde a rotunda que vai para Brescos e para a praia da Vacaria. As pessoas não aceitam isso, têm cortado as vedações e continuam a atravessar a via de forma pedonal, com o perigo que isso acarreta”. Álvaro Beijinha adianta que, em relação a este assunto, o Presidente da IP revelou que “já houve conversas com o consórcio, no sentido de se efetuarem algumas alterações que vão ao encontro daquilo que nós defendemos”. As regras da atual empreitada não podem ser alteradas nesta fase final da obra, o que faz com que, neste momento, não se possa ir de encontro àquilo que a CMSC e a Junta de Freguesia de Santo André defendem. “Mas ficou o compromisso para, num futuro que esperamos que seja próximo, poder começar a trabalhar em projetos alternativos, para encontrarmos soluções diferentes. Ficou inclusive já definida uma reunião para breve, mais técnica, entre técnicos da CMSC e da IP, para se começar a estudar esse tipo de solução”, conclui.