O Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, reuniu, dia 9 de julho, em Lisboa, com o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, no âmbito da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL). Álvaro Beijinha, a par dos autarcas dos municípios que constituem a CIMAL, levou à discussão problemas antigos ao nível dos cuidados de saúde primários e hospitalares que tardam em ter repostas do Governo.
À reunião “levamos um conjunto de preocupações que infelizmente não são novas, sendo que sentimos que a questão do Hospital do Litoral Alentejano (HLA), com a falta de profissionais de saúde e auxiliares, se tem vindo a agravar”, explica Álvaro Beijinha. A nova urgência, acrescenta o Autarca, “é outro processo que se arrasta, mas que segundo as informações que nos deram, finalmente em setembro abrirá portas. Mas para as urgências funcionarem em condições razoáveis são necessários mais 14 a 15 enfermeiros, e o que acontece é que o quadro de pessoal da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) está muito abaixo das necessidades, estamos a falar em menos 200 profissionais. Sabemos que há muitas especialidades para as quais o HLA não tem resposta devido à saída de médicos em especialidades importantíssimos para as populações”.
O Presidente da Câmara de Santiago do Cacém não deixou de abordar com o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, questões referentes ao Concelho como “o novo Centro de Saúde de Santiago do Cacém há muito prometido, que tem financiamento comunitário aprovado e horizonte de concretização entre 2018/2019, mas que até ao momento nem tem iniciada a fase de projeto. Temos vindo a falar com o Conselho de Administração da ULSLA que nos dá como justificação um conjunto de dificuldades burocráticas. Mas é certo que esta situação tem de ser resolvida de uma vez por todas”, sublinha Álvaro Beijinha.
Quanto à remodelação do Centro de Saúde de Santo André, cuja candidatura foi apresentada e aprovada, “fomos informados que também por burocracias não se avançou para a obra”, refere o Autarca. Esta situação tem como consequência, frisou Álvaro Beijinha, “uma resposta deficitária às populações ao associar instalações precárias e falta de profissionais”. Por parte da tutela “infelizmente não houve qualquer compromisso quanto a datas, apenas a vontade de tentar resolver e de olhar para estas questões”, lamenta o Presidente da Câmara Municipal.
O Alentejo Litoral “está a ser palco de grandes investimentos turísticos, industriais e agrícolas, o que traz mais população para a Região e que se junta aos que aqui residem, e todos, quando precisam de cuidados de saúde, escolhem os equipamentos existentes, que têm os problemas que sabemos. Por todas estas razões o Governo deve olhar para a realidade da região do Alentejo Litoral e foi essa urgência que os autarcas da CIMAL levaram ao Secretário de Estado Adjunto e da Saúde”, conclui o Autarca.
Oiça as declarações do Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha