As obras inacabadas na A26-1, entre Santo André e Sines, e o troço degradado da EN 261-3, de acesso à A26 (sentido Santiago – Sines), foram os temas fortes levados por Álvaro Beijinha […]ao Presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), em reunião ocorrida no dia 4 de março. O Presidente da CMSC esteve acompanhado, na ocasião, pelo Presidente da Junta de Freguesia de Santo André, Jaime Cáceres.
“Fomos manifestar um conjunto de preocupações que não são novas, em particular com a suspensão das obras na A26, no troço que liga a cidade de Vila Nova de Santo André a Sines. É sabido o estado em que aquela estrada se encontra, com as obras paradas há mais de cinco anos, sendo que foram retomadas há uns meses atrás, mas passado pouco tempo voltaram a parar. Quisemos saber quando são finalmente retomadas de forma efetiva e são concluídas, porque as pessoas, as populações e as autarquias estão saturadas desta situação”, sublinha Álvaro Beijinha, que evidenciou à IP “uma segunda preocupação que tem a ver com o troço que atravessa a cidade. Aquilo que está previsto em obra é um perfil de autoestrada, incluindo esse troço dentro da cidade. Foram vedados os acessos, por uma questão de segurança. Mas o que tanto nós como a Junta de Freguesia defendemos é que aquele troço seja encarado de outra forma, pois não podemos admitir uma autoestrada dentro da cidade”.
A opção, segundo o Presidente da CMSC, é “criar outro nível de infraestrutura, no sentido de tentar transformar aquela zona numa espécie de alameda. Isto é defendido há muitos anos pela Câmara e pela Junta de Freguesia. Infelizmente, o projeto não contempla essa intenção e agora fomos sensibilizar o Presidente da Infraestruturas de Portugal para que se possa, desde já, começar a pensar e a projetar aquilo que se pretende no futuro, após concluída a obra”. Álvaro Beijinha assegura que “o Presidente da Infraestruturas de Portugal ficou sensibilizado para esse aspeto, concordou connosco no sentido de que é preciso repensar aquele troço dentro da cidade e, desse ponto de vista, saímos de lá com a garantia de podermos vir a trabalhar em conjunto – Câmara, Junta e Infraestruturas de Portugal – para uma solução final”.
Em relação ao troço de 200 / 300 m na Estrada Nacional 261-3, que dá acesso à A26, no sentido Santiago – Sines, o Presidente da CMSC exigiu “uma intervenção urgente para resolver o problema. Foi-nos transmitido que aquela situação faz parte de um problema global, ou seja, um litígio que existe entre a Infraestruturas de Portugal e o empreiteiro, sobre o contrato de concessão e a alteração ao mesmo, que foi efetuada pelo governo anterior há cerca de cinco anos atrás e que está agora a ser renegociado. Foi-nos transmitido que o problema ia ser resolvido no prazo de um mês e meio a dois meses, pois já têm autorização de atual governo e, neste momento, o novo contrato está à espera do visto do Tribunal de Contas. Mas também já no passado nos tinham transmitido que o problema ia ser resolvido rapidamente e não foi”, lamenta Álvaro Beijinha.
“Aquilo que nos foi transmitido é que ainda não se interveio porque a responsabilidade é do empreiteiro, não é da Infraestruturas de Portugal e, como tal, cabe ao concessionário fazer as obras. Entretanto, tendo em conta a situação calamitosa em que está a estrada, o que nós defendemos é que, independentemente de se resolver o problema de fundo, se intervenha já. Foi- -nos dito que iriam tentar resolver o problema o mais rapidamente possível. No dia 8 de março, tivemos conhecimento – eu próprio já lá estive no local – de que estavam a ser colocadas massas frias pela Estradas da Planície (que é o concessionário) e que a situação estava a ser minimizada”. O Presidente da CMSC teve oportunidade de falar com quem estava no local e recebeu a notícia de que “tudo estaria a ser planeado para que, num prazo relativamente curto, se fazer uma intervenção de fundo, ou seja, sanear todo aquele troço e repavimentar. Mas para já, pelo menos, estavam a tapar os buracos. Sabemos que basta chover meia dúzia de dias para que aquelas massas frias saltem e a estrada volte a ficar degradada. Para que isso não aconteça, tem de haver essa intervenção de fundo. O Presidente da Infraestruturas de Portugal disse-nos que tudo iria fazer para resolver o problema”, realça o Presidente da CMSC.
“Este sinal, passados três dias da reunião, é muito positivo. Eu próprio achei que não fosse tão rápido. Ficámos satisfeitos com isso. Repito, é uma intervenção minimalista, não vai resolver o problema, minimiza apenas, mas, pelo menos, não ficam aqueles buracos que lá estavam”. Álvaro Beijinha assegura que a Câmara vai “continuar a acompanhar esta situação de muito perto, com contactos sempre permanentes com a Infraestruturas de Portugal e com o próprio empreiteiro. Obviamente que, da parte da Câmara, caso isto não se resolva, poderemos, como já fizemos no passado, avançar para outro tipo de medidas e certamente teremos a população do nosso lado. Dissemos isso ao Presidente da Infraestruturas de Portugal. A população está saturada e as autarquias também”, conclui.