A cerimónia de entrega do XIII Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca decorreu, dia 17 de outubro, na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém. A obra distinguida com o título “Contos de Macau” reúne um conjunto de contos da autoria de João Morgado, que concorreu sob o pseudónimo de Liang. A cerimónia contou com a presença do Vereador com o Pelouro da Cultura, Jaime Cáceres, que felicitou o autor pela obra e distinção obtida.
A obra vencedora da 13.ª edição do Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca recebeu a unanimidade do júri, que classificaram “Contos de Macau” como uma obra de um grande lirismo. As narrativas dos vários contos deixam transparecer uma elevada qualidade estética e um excelente domínio da linguagem. A atmosfera da cultura oriental está muito bem representada, seduzindo a atenção do leitor”.
O júri desta 13.º edição foi constituído por Luís Machado, secretário-geral da Associação Portuguesa de Escritores, que tem desenvolvido nos últimos anos uma intensa atividade como animador cultural, particularmente na divulgação da poesia. Homem de cultura, foi ator, jornalista e crítico de cinema; Manuel Frias Martins, presidente da Associação Portuguesa de Críticos Literários, ensaísta, professor universitário e crítico literário e Miguel Real, professor, escritor, ensaísta e crítico literário, possui uma vasta obra dividida entre o ensaio, a ficção e o drama. O primeiro prémio do concurso recebe um valor pecuniário de quatro mil euros e a obra será editada pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém.
O júri deliberou atribuir duas menções honrosas às seguintes obras:
“O eterno ciclo da vida ao ritmo das estações do ano: contos didáticos”, da autoria de António Gonçalves Ventura, assinada sob o pseudónimo Simão Alves Casal. (António Gonçalves Ventura é historiador com obra publicada).
“A pele é um incêndio”, da autoria de Maria Teresa T.G. Branco, assinada sob o pseudónimo A. Branco.
Ao criar o Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, o Município de Santiago do Cacém presta homenagem ao grande escritor santiaguense, figura incontornável da literatura portuguesa, e à sua obra, sobretudo através da forma narrativa do conto, em que o autor revelou toda a sua excelência. E, simultaneamente, contribui para a revelação de novos criadores em língua portuguesa. O Prémio distingue uma coletânea de contos originais, por autor maior de idade, natural de qualquer país que integre a comunidade lusófona.
A cerimónia foi abrilhantada pelo espetáculo teatral Malteses, com textos poéticos de Manuel da Fonseca interpretados pelo Teatro de Santo André – GATOSA.